ECONOMIA

Inflação acelera


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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país - registrou uma alta de 0,54% nos preços em outubro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta foi puxada pelo forte avanço de 1,72% no grupo de Habitação, influenciado sobretudo pela disparada de 5,29% nos preços da energia elétrica residencial. O grupo teve o maior impacto sobre o indicador no mês, com 0,26 ponto percentual. A energia, que também foi o maior problema do IPCA-15 e da inflação cheia de setembro, ficou ainda mais cara em outubro, quando a bandeira tarifária vermelha patamar 2 passou a valer. Essa bandeira adiciona um custo de R$ 7,87 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. O resultado deste mês representa uma forte aceleração, de 0,41 ponto percentual, em relação ao registrado em setembro, quando o indicador teve ata de 0,13%. Já em outubro de 2023, a taxa foi de 0,21%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula uma alta de 4,47%, contra os 4,12% observados até setembro. Já no ano, o indicador acumula um avanço de 3,71%. A prévia da inflação também veio acima das expectativas do mercado financeiro, que previa uma alta de 0,50% para este mês e um acumulado de 4,43% em 12 meses.

Juros continuarão elevados

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária será nos dias 5 e 6 de novembro e com este patamar de inflação a taxa básica de juros não cairá, podendo até ter alta. Serão somente duas reuniões até o fim do ano e o mercado projeta taxa de 11,75% na virada do ano, ou seja, 1 ponto percentual acima da atual. Vamos acompanhar.

Brasil com mais de 15 milhões de endividados

O Brasil tinha mais de 15 milhões de endividados de risco no país até o ano passado, segundo os dados mais atualizados do Banco Central do Brasil (BC), de março de 2023. O número responde a cerca de 14% da população tomadora de crédito do Sistema Financeiro Nacional. O endividamento de risco é uma métrica desenvolvida pelo BC que determina se uma pessoa pode estar no caminho do superendividamento — quando o consumidor não consegue honrar com as dívidas que contraiu sem comprometer o mínimo para a sua sobrevivência. Com as apostas online, esse número tende a subir. Merece um ponto de atenção.

Será que a Reforma Administrativa sai do papel?

A Reforma Administrativa voltou a ser tema após o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmar que seria importante para a redução da taxa de juros. Segundo Campos Neto, uma reforma administrativa sinaliza comprometimento com a política fiscal, com ajustes no lado das despesas do governo. "Acabei de ler a notícia, não sei se é oficial ou não, [mas] estão falando de reformas administrativas. Há uma expectativa de que depois das eleições veremos algumas medidas. Isso é muito importante para que nós no Banco Central sejamos capazes de reduzir as taxas [de juros] de forma sustentável", declarou. Cortar gastos público é preciso!

A arrecadação continua em alta

Enquanto os agentes econômicos aguardam algo concreto no sentido de cortas os gastos públicos, o governo continua batendo recorde de arrecadação. Em setembro o governo arrecadou R$ 203 bilhões, segundo dados divulgados pela Receita Federal. É o maior valor para o mês desde o início da série histórica, em 1995. A arrecadação de setembro de 2024 foi 11,6% maior que a do mesmo período de 2023, em valores atualizados pela inflação. Além do recorde para o mês, o total arrecadado em nove meses também é o maio da série histórica. De janeiro a setembro, o governo arrecadou aproximadamente R$ 1,96 trilhão.

Estatais amargam déficit e não ajudam no ajuste fiscal

As contas das empresas estatais federais devem fechar o ano de 2024 com o maior déficit em 15 anos, apontam dados do governo. De janeiro a agosto de 2024, o déficit acumulado das empresas estatais federais atingiu R$ 3,3 bilhões. Pelas projeções oficiais, o resultado no fim do ano será o pior desde 2009, no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Naquele ano, o rombo foi de R$ 3,8 bilhões. Neste ano, deverá ser de R$ 3,7 bilhões. O déficit nas estatais é visto por especialistas como um risco fiscal. Eles alertam que a conta é paga por toda a sociedade.

Trabalho infantil

O número de jovens em situação de trabalho infantil no Brasil caiu 14,6% no último ano e atingiu o seu menor patamar desde 2016, quando o IBGE iniciou a coleta de dados sobre o assunto. A pesquisa aponta que 1,6 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos exerciam trabalho infantil em 2023, ou seja, 4,2% do total dos jovens nessa faixa etária no país (38,3 milhões). Em 2022, esse percentual era de quase 5%. Na época, pela primeira vez, o número representou um aumento em relação ao ano anterior do estudo, 2019, após três anos consecutivos de queda.

Mude já, mude para melhor!

A vida é feita de altos e baixos, quem é forte é capaz de buscar o equilíbrio e aprendizado em todas as fases da vida. Mude já, mude para melhor!

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