Bauru vai às urnas neste domingo (6) com seus 282.642 eleitores para duas definições. A primeira, segundo a ordem de votação, é apontar quem serão efetivamente os novos vereadores a compor a Câmara. A segunda é dizer se algum dos oito candidatos à Prefeitura Municipal vai levar a disputa já no dia 6 ou se a campanha se estenderá ao segundo turno, que acontece no dia 27 de outubro.

As seções de votação serão abertas às 8h fecharão às 17h. Os resultados devem se consolidar até às 20h.

A última vez que um candidato venceu a disputa no primeiro turno foi em 2012, quando Rodrigo Agostinho, hoje presidente do Ibama, levou 82% dos votos válidos ao se candidatar à reeleição. O ex-prefeito até cogitou apoiar algum candidato na campanha deste ano, mas rachou com a direção local do PSB, seu atual partido, e submergiu.

Fez apenas sinalizações de apoio a candidatos à Câmara em vídeos que gravou para não só para Bauru, mas também a outras cidades da região - a exemplo de Santa Cruz do Rio Pardo.

Foram 51 dias de campanha eleitoral com menor quantidade de candidatos tanto à vereança como ao Palácio das Cerejeiras, sede da Prefeitura de Bauru, na comparação com 2020. Na última disputa foram 13 candidatos ao Executivo e 441 ao Legislativo.

Neste ano, em contrapartida, são oito os nomes que disputam a prefeitura e 345, a Câmara.

No caso do Legislativo, a redução se deve às mudanças na legislação eleitoral aprovadas pelo Congresso. Até 2021 a norma estabelecia um teto de 150% sobre o número de vagas (eram 17 cadeiras). Em números locais, cada partido podia lançar até 25 pessoas.

Hoje a regra estabelece 100% sobre a quantidade de cadeiras na Câmara mais um. Como no ano que vem serão 21 vereadores - quatro a mais do que os atuais 17 -, legendas podem lançar até 22 pessoas neste ano.

SEQUÊNCIA

Não se perca: o primeiro voto a ser digitado é do candidato ou candidata à Câmara. São cinco dígitos, mas há também a possibilidade de voto à legenda. Neste caso basta teclar o número do partido na urna.

Após confirmar o voto a vereador, o eleitor escolherá seu candidato a prefeito - que tem dois dígitos. O uso da 'colinha', com a anotação dos números dos candidatos, também é recomendado pela Justiça Eleitoral.

ELEITORADO

Do total de 282.642 eleitores, 18.964 deles estavam filiados a algum partido político até maio - o restante, não. A maioria dos atuais votantes tem entre 45 a 59 anos, dizem os dados do TSE. Eles representam 71.419 do total. O menor índice se dá entre aqueles com 16 anos - são apenas 365 eleitores com essa idade.

Há também 980 votantes com 17 anos; 10.498 entre 18 e 20 anos e 18.371 deles na faixa etária entre 21 a 24 anos. Existem ainda 51.217 eleitores entre 25 a 34 anos e outros 55.696 na faixa entre 35 a 44 anos - o segundo maior grupo por idade.

Aqueles entre 60 a 69 anos são 37.799 do total, enquanto 21.508 têm entre 70 a 79 anos. Eleitores cuja idade supere esta última somam 14.753.

Em análise estratificada, 3.664 dos 282 mil são analfabetos. 51.939 (18,39%) têm ensino fundamental incompleto e 21.002 (7,43%), completo. Aqueles que não terminaram o ensino médio são 48.864 (17,29%). Os que concluíram somam 88.722 (31,39%).

Eleitores que começaram mas não terminaram o ensino superior representam 7,07% dos votantes (19.980). Aqueles que concluíram, enquanto isso, são 42.218, o equivalente a 14,91% do total. Não deixa de chamar atenção, porém, a declaração de cor/raça dos eleitores, já que 93,28% deles não deram nenhuma informação a respeito. De resto, 11.264 se declararam brancos; 5.688 se dizem pardos; 1.785, pretos, e 231, amarelos.