RIO BATALHA

Estado anuncia ações para o combate da crise hídrica em Bauru


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DAE/Divulgação
Lagoa de captação do Rio Batalha recebeu serviço de limpeza de macrófitas recentemente
Lagoa de captação do Rio Batalha recebeu serviço de limpeza de macrófitas recentemente

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) do Governo de São Paulo, por meio do DAEE (órgão regulador de recursos hídricos do Estado), informa que realiza ações de apoio na região de Bauru para fazer frente à seca e seus efeitos sobre o abastecimento público.

Nos próximos dias, será iniciado o trabalho de limpeza e desassoreamento da represa do Rio Batalha, medida essencial para ampliar o abastecimento público. A iniciativa faz parte do Programa Rios Vivos e vai retirar 13 mil metros cúbicos de sedimentos do local - o equivalente a 928 caminhões basculantes. Com isso, a captação de água na represa pelo serviço municipal de água e esgoto ficará mais fácil, permitindo ampliar a vazão a ser distribuída à população. A ação começará ainda neste mês de agosto e vai durar até 90 dias.

A perfuração de poços é outra iniciativa que o DAEE vem realizando como auxílio aos municípios. O órgão vai lançar neste mês um novo ciclo de contratações para a extração da água subterrânea dos aquíferos. Os municípios da região de Bauru poderão enviar propostas para serem contempladas com a ação.

Desde o final do ano passado, foram investidos mais de R$ 148,4 milhões em 126 poços inaugurados, que aumentaram a oferta de água para a população. Quatro deles, inclusive, estão na região de Bauru, nas cidades de Cafelândia, Guaiçara, Guarantã e Sabino. Cerca de 11 mil pessoas já foram beneficiadas.

Com essas iniciativas, o Governo do Estado informa que apoia Bauru e outros municípios da região com ações para melhorar e ampliar o abastecimento dos moradores. Há também outras medidas que trazem benefícios para a população, como a já entregue limpeza e desassoreamento do trecho urbano do Rio Bauru, numa extensão aproximada de 460 metros, efetuando a retirada de 5.870 metros cúbicos de sedimentos (equivalente a 419 caminhões basculantes). O trabalho melhora as condições do rio e traz mais qualidade de vida para os moradores.

O Estado de São Paulo registrou entre 2023 e 2024 o menor nível acumulado de chuvas em 24 anos. Segundo o DAEE, o volume de precipitação no período até o momento está 36% menor do que a média da série histórica, iniciada no biênio 2000/2001. A região de Bauru, por exemplo, teve queda superior a 80% na média histórica neste recorte. Além disso, das 22 bacias hidrográficas do Estado, apenas duas tiveram chuva acima da média neste ano.

SEGURANÇA HÍDRICA

Aprovado pelo Conselho de Recursos Hídricos, o Plano Estadual de Recursos Hídricos 2024-2027 prevê medidas e ações para segurança hídrica, inclusive um volume dedicado à gestão de crise hídrica em todo o Estado de São Paulo.

Diversos programas que atuam diretamente na segurança hídrica estão em andamento, com impactos sobre as regiões, como o Rios Vivos, que já revitalizou 225 rios, minimizando enchentes e melhorando a qualidade da água em 154 cidades; e o Universaliza SP, que oferece apoio técnico para as prefeituras não atendidas pela Sabesp, para a universalização dos serviços de água e esgoto. De acordo com a secretária Natália Resende, o Governo está atento à situação e apoiará os municípios com ações emergenciais, no contexto do Plano Estadual de Resiliência à Estiagem - São Paulo Sempre Alerta.

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