OPINIÃO

Investimentos asiáticos em SP

Por Margarida Kalemkarian |
| Tempo de leitura: 2 min
A autora é pesquisadora da Fundação Seade

O aumento significativo de investimentos anunciados por empresas privadas nos quatro primeiros meses de 2024 no estado de São Paulo é reflexo de medidas que visam estimular a indústria automotiva, com o aporte de recursos em pesquisa e inovação, no aumento da eficiência energética, descarbonização e uso de biocombustíveis, bem como na reciclabilidade dos veículos e na nacionalização das autopeças.

Dentro desse contexto, destacam-se os valores divulgados por montadoras asiáticas, como as japonesas Toyota (R$ 11 bi) e Honda (R$ 4,2 bi) e a sul-coreana Hyundai (R$ 5,5 bi).

Outro destaque foi o investimento da chinesa CRRC, parceira da brasileira Comporte no consórcio vencedor da licitação do Trem Intercidades, que liga a capital paulista ao município de Campinas. O total previsto para o projeto é de R$ 14,2 bilhões, porém, como a participação da CRRC no consórcio é de 40%, foram considerados R$ 5,7 bilhões para a empresa chinesa.

No mesmo período, empresas não asiáticas também anunciaram investimentos elevados como: Comporte (R$ 8,5 bi), Mercado Livre (R$ 8 bi), Enel (R$ 6,2 bi), Azul (R$ 3 bi) e Takoda Data Centers (R$ 2 bi).

Entre os fatores que caracterizam o potencial de investimento em São Paulo, estão o tamanho do mercado consumidor, infraestrutura (transportes, energia, saneamento básico, telecomunicações), economia diversificada, qualificação da mão-de-obra, redes de ensino e pesquisa e serviços de apoio às empresas.

Ao todo, foram anunciados mais de 64 bilhões de reais, que devem tanto movimentar a economia paulista como beneficiar a população em geral, com a oferta de veículos mais econômicos, seguros e menos poluentes; incentivo ao uso de biocombustíveis, sustentabilidade ambiental e melhoria da qualidade de vida da população; novas oportunidades de negócios e de competitividade para a produção local; expansão de empregos e renda; conexões ferroviárias de transporte de passageiros entre Campinas e municípios vizinhos e a capital paulista; realocação de centros de distribuição de mercadorias e outros.

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