OPINIÃO

Importados

Por Aldo Wellichan | 01/06/2024 | Tempo de leitura: 1 min

Vira e mexe alguém toca aqui no assunto dos importados como se eles fossem o vilão da nossa economia.

Tudo começou em 1964, logo depois da tomada do poder pelos militares com o apoio dos Estados Unidos. O lança-perfume foi a primeiro a ser importado e com a desculpa de que era tóxica ao extremo. Sendo uma droga, o governo a proibiu.

Depois vieram as sensacionais calças da Lee e da Levi's, os uísques escoceses, vinhos franceses, perfumes que davam prazer de usar, como o Azarro, Trés Brut de Marchand (franceses) e o Lancaster argentino, sendo estes os mais cobiçados.

A Casa Mina, na quadra 2 da Rua Batista de Carvalho, era o 'point' dos importados em nossa Bauru. Os carros também, alguns a curtíssimo prazo, pois o governo exigiu que a montadora montasse uma fábrica em nosso território para empregar o nosso povo.

Vieram todas as montadoras para cá, mas de nada adiantou ao consumidor de baixa renda por dois motivos: era o carro mais caro do mundo e os 'robôs' acabaram com 95% da mão de obra humana.

Aí as montadoras passaram a nadar de braçadas de tanto ganhar dinheiro. Ah! A Receita Federal taxou a importação em 100% e aí matou de vez o sonho de consumo dos brasileiros de uma vez por todas, sem falar da dupla cobrança pelos Correios.

Sinceramente, a indústria brasileira ainda é muito inferior perante a qualidade dos produtos importados oriundos do Japão França e dos Estados Unidos.

As altas taxas de juros e os impostos cobrados pelos governos anteriores e este atual não convêm a empresário nenhum montar um polo de qualquer natureza. E o Paraguay continua sustentando todo o seu povo há 60 anos graças aos importados cobrando uma taxa de 10% apenas.

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