Não podemos generalizar, mas com a proximidade das eleições ficam evidente as práticas oportunistas e a falta de competência de muitos vereadores. Durante esse período, é comum observarmos uma série de ações que, ao invés de focarem no bem-estar da população e no desenvolvimento das cidades, parecem direcionadas exclusivamente a garantir futuros votos. Projetos de lei ineficazes e populistas são frequentemente apresentados, isso quando apresentam, pois na maioria das vezes são indicações de "tapa buracos", muito longe de tentar solucionar os reais problemas urbanos.

A incompetência também se revela na incapacidade de muitos vereadores em desenvolver e implementar suas promessas de campanha, de trabalhar de forma coerentes e eficaz. Em vez de trabalharem com base em dados e evidências, muitos adotam medidas paliativas e superficiais, que não atacam as causas raízes dos problemas enfrentados pela população. Isso evidencia uma falta de preparo e comprometimento com a importância do cargo e com o cidadão, que é quem paga para o vereador estar na Câmara Municipal.

O oportunismo se manifesta de forma mais clara nas promessas infundadas e nas alianças políticas questionáveis, frequentemente motivadas por interesses pessoais e partidários, e não pelo bem comum. Em tese, esse comportamento deveria fragilizar a confiança do eleitorado e comprometer a credibilidade dos vereadores e futuros candidatos à reeleição. Em ano de eleição, o eleitor deve estar atento e crítico, evitando cair nas armadilhas do marketing político e cobrando dos seus representantes um verdadeiro comprometimento com o importante trabalho que o vereador deve realizar.

No entanto, há um componente crucial nesse cenário que frequentemente é negligenciado: o desinteresse da população. Muitos cidadãos não acompanham o trabalho dos vereadores nas câmaras, desconhecendo suas funções e responsabilidades. Essa falta de engajamento facilita a perpetuação de práticas políticas questionáveis, pois os vereadores não se sentem pressionados a atuar com seriedade e competência. Sem a vigilância e a participação ativa da sociedade, o ciclo de incompetência e oportunismo se mantém eternamente!

Para quebrar esse ciclo, é imprescindível que a população se envolva mais ativamente no processo político, informando-se sobre o trabalho de seus representantes e cobrando transparência e eficiência. Apenas com uma cidadania consciente e participativa poderemos aspirar a um cenário político mais ético e comprometido com o bem-estar geral, como disse no início, não podemos generalizar, mas sinceramente hoje vejo que a exceção está se tornando regra e os bons vereadores e os bons políticos estão cada vez mais raros.