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ÁGUA EM BAURU
Redução de dependência do Batalha não se concretizou totalmente
E foi anunciada por ex-presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE); veja abaixo
Por André Fleury Moraes | 21/05/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Douglas Willian
![Hoje os números contrastam a informação da época](https://sampi.net.br/dir-arquivo-imagem/2024/05/2887f7b3a86e776883aa6683dc579448.jpg)
Há quase dois anos, em setembro de 2022, o então presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) Marcos Saraiva anunciou uma conquista que parecia ser inédita. Disse que a autarquia havia reduzido o número de moradores de Bauru que dependem dos recursos do Rio Batalha. Hoje os números contrastam a informação da época.
A diminuição era drástica, anunciou o presidente. Segundo ele, a redução da dependência do Batalha havia caído dos 35% da população bauruense para 22,5%. Em números, os antes 140 mil bauruenses cujo abastecimento exigia recursos do Batalha passaram a ser 90 mil.
"Segundo o presidente Marcos Saraiva, a diminuição do percentual só foi possível em razão da perfuração de novos poços na cidade, bem como a execução de interligações na rede, para levar água dos aquíferos a estas regiões antes abastecidas pelo Batalha", publicou o JC na época após entrevista com o dirigente.
Saraiva repetiu a informação várias vezes, inclusive em reuniões na Câmara. Passados quase dois anos, porém, essa redução simplesmente deixou de ser mencionada. O próprio DAE, hoje presidido pelo engenheiro Leandro Joaquim, admite que a informação do ex-presidente estava equivocada e que o percentual de munícipes que dependem do Batalha equivale a 27%.
Questionada pelo JC, a nova gestão da autarquia, que assumiu depois de Saraiva se mudar para Manaus, afirmou que o sistema de captação do Batalha produziu 12,8 milhões de metros cúbicos de água em 2022, o que equivale a 26% da produção total do período.
Em 2023, a dependência do Batalha cresceu 1%: foram 13,2 milhões de metros cúbicos de água produzidos, o que representa 27% da captação total no período. "Em 2023, a porcentagem foi maior porque a quantidade de água na lagoa também foi maior, permitindo a captação de mais água", disse o DAE em nota ao JC.
Na sessão seguinte ao anúncio, em 12 de setembro de 2022, o vereador Coronel Meira (Novo) comentou o anúncio de Saraiva. "Eu não acredito", bradou. "Em que pese a afirmação de representantes do DAE, se isso fosse verdadeiro teríamos água suficiente na lagoa [de captação]", observou.
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