JC CRIANÇA

Segurança, Amor e Limite são a solução para o bullying

São os itens que compõem a cesta para conter a violência, seja com o agressor ou com a vítima

19/05/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Getty Images/iStockphoto

O bullying  traz com ele quatro formas de violência
O bullying traz com ele quatro formas de violência

O bullying  traz com ele formas de violência que podem ser de quatro tipos: psicológica, física, patrimonial e em ambiente virtual, o cyberbullying, mas, para identificar o fato, é preciso entender o real significado do termo, a partir do momento que são "ações repetitivas no sentido de humilhar, ofender com o uso de violência. Além disso, ele ocorre entre pares, ou seja, entre crianças e jovens da mesma faixa etária", principalmente nas escolas. Para os especialistas, a solução para o bullying é Segurança, Amor e Limite (SAL).

Com 16 anos de existência, o Instituto Cades resolveu ir além de seu trabalho com atividades esportivas nas escolas públicas e, desde a pandemia, implantou a Rede de Proteção Social. Dentro deste contexto, com a atuação de psicólogas e apoio de outros órgãos, como UBS dentre outros, a saúde mental dos alunos passou a ser uma das prioridades.

E com o intuito de mostrar aos pais a importância de saber identificar ações e reações com seus filhos.

"Quanto mais fortalecermos a relação escola-família, melhor, e, com a dinâmica da vida familiar hoje em dia, muitas vezes os pais não percebem o que está acontecendo", explica a professora de Educação Física Ana Lucia H. M. C de Almeida.

"Vimos que o trabalho das aulas realizadas no Projeto Tênis para Todos podia ir além", diz Joaquim Lima Calmon de Almeida, professor de Educação Física e Coordenador Responsável dos projetos do Instituto Cades.

"Com isso, começamos a atuar em outras frentes, nos preocupando com a formação das crianças e jovens como um todo", completa.

Sendo assim, conforme diz a professora, há alguns itens que precisam ser reparados no comportamento das crianças e jovens, se eles tiveram uma mudança repentina no humor, na alimentação, nos estudos. Já como forma de ajudar, ela aconselha a ficar atento aos sinais, não culpar a vítima, não agir de cabeça quente e buscar ajuda profissional.

"Não é para recriminar, bater e nem tampouco dizer para se defender ou questionar o motivo da pessoa estar permitindo ser vítima. Ela já está passando por ofensas, humilhações, a última coisa que ela precisa é ser julgada. Usar da violência, bater, é uma regra inegociável também", diz.

Por outro lado, há, ainda, a criança que é a agressora e precisa de tantos cuidados quanto as que estão sofrendo o bullying.

Às vezes identificar quem está realizando o bullying também não é fácil. Ela é aquela mais mandona, que quer ser a dona da razão e que, para tal, se sobrepõe, ofende, humilha, realiza atos pejorativos com o outro.

Neste caso, é preciso prestar atenção em alguns sinais como falta de empatia, atitudes egoístas, arrogância, valorização de relações baseadas em poder e dinheiro. "Muitas vezes são casos de serem muito protegidos ou de terem muita cobrança por resultados, ser ensinado desde pequeno a ser muito competitivo".

Quando questionada sobre o bullying ser algo mais praticado por meninas ou meninos, foi respondido que com o empoderamento que as mulheres vêm tendo, as cobranças também aumentam, resultando em uma competitividade não-saudável, que pode gerar a agressividade, então, mediante este cenário, pode-se dizer que ele vem sendo praticado por todos os sexos de forma igualitária.

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