O Conselho Municipal de Direitos Humanos do Município de Bauru manifesta sua solidariedade e apoio aos servidores que aderiram à greve, mecanismo legítimo de luta da classe trabalhadora.

Entendemos que a decisão de entrar em greve não é leviana, mas sim utilizada como último recurso diante de condições precárias de trabalho, salários defasados, falta de reconhecimento, descaso e falta de diálogo por parte do Executivo bauruense.

Ocorre que, devido a um Projeto de Lei referente à concessão do tratamento de esgoto da cidade de Bauru à iniciativa privada, enviado pelo Executivo e que está com regime de urgência, a Câmara fica obstada de votar outros projetos de lei, como é o caso do reajuste salarial dos servidores municipais, dentre outros inúmeros projetos que hoje estão paralisados no legislativo bauruense devido à urgência requerida pelo Executivo para que seja feita a concessão bilionária do DAE, ferindo assim os direitos básicos e humanos não somente dos servidores municipais que hoje não contam com o reajuste salarial e se encontram com seus direitos precarizados, mas de toda população bauruense, que carece e de acesso à saúde, educação, assistência social, cultura e todos os direitos inerentes a pessoa humana que estão sendo barrados devido ao trancamento do legislativo bauruense por urgência do projeto por parte do Executivo.

O Conselho Municipal de Direitos Humanos do Município de Bauru expressa seu apoio e solidariedade aos servidores de Bauru na luta por condições de trabalho justas e respeito aos seus direitos, enfatiza a importância da solidariedade da sociedade bauruense com a causa legítima dos servidores municipais bauruenses e pleiteia uma solução célere por parte do Executivo para sanar as inúmeras violações de direitos decorrentes deste ato administrativo.