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GREVE EM BAURU
Suéllen diz buscar saída a reajuste e descarta retirar urgência
Prefeita diz que greve é legítima, mas que sindicato 'faz manobra política' sobre reajuste; mandatária afirma ainda que não vai atender a 'caprichos da oposição'
Por André Fleury Moraes | 07/05/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
André Fleury Moraes
Em entrevista coletiva realizada no início da tarde desta terça-feira (7), a prefeita Suéllen Rosim (PSD) defendeu o reajuste dos servidores, ponto central da greve deflagrada na manhã de hoje, afirmou que a paralisação é legítima e disse que busca uma saída para pagar a reposição salarial do funcionalismo - medida ainda prematura, na avaliação do governo.
Criticou, porém, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserm), a quem acusou de fazer “manobra política”, e também a oposição a seu governo na Câmara. Segundo ela, “há uma inversão de valores” sobre o projeto de lei (PL) que a autoriza a conceder o sistema de esgoto à iniciativa privada, que tramita em regime de urgência e cujo prazo de análise já se expirou – o que causou o travamento da pauta legislativa.
A prefeita fez “um apelo público” para que a oposição libere o projeto, mas descartou tacitamente pedir a retirada do regime de urgência sobre o qual o PL tramita. “Ninguém está pedindo para aprovar, apenas para que seja votado”, salientou. “Nosso papel é propor projetos”, prosseguiu.
Segundo ela, a prefeitura não vai atender ao que classifica como “um capricho da oposição”.
A mandatária admitiu as consequências que o travamento da pauta tem causado – nada mais pode ser votado, afinal, nem mesmo o reajuste do funcionalismo – e voltou a dizer que não é prerrogativa do Executivo retirar o regime de urgência.
Também presente à entrevista, o secretário de Negócios Jurídicos Vitor João de Freitas Costa afirmou que eventual retirada “seria uma aberração”.
Ele ainda minimizou a declaração do procurador da prefeitura José Roberto Anselmo, que afirmou à Justiça que pedir essa retirada é prerrogativa de quem pode pedir a aprovação do regime de urgência. De acordo com o secretário, a afirmação da prefeitura à Justiça “está de forma simplificada”.
Suéllen também disse que tentou conversar com uma comissão de servidores, mas que o sindicato impediu. O Sinserm contesta. O órgão disse ao JC que o chefe de gabinete desceu para conversar com os grevistas e pediu a uma servidora para que destacasse uma comissão de funcionários.
“É um desrespeito à entidade de representação. Se tem pedido para fazer, que o faça com o sindicato, responsável pela interlocução”, afirmou o advogado José Francisco Martins, que representa a entidade, em conversa com o JC.
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