PETS

Abril Laranja: mês da prevenção contra a crueldade animal

Campanha aborda a importância da conscientização sobre as atitudes que causam sofrimento ou dano aos bichos

28/04/2024 | Tempo de leitura: 4 min

Os pets são os melhores amigos do homem e devem ser amados, cuidados e protegidos. Reafirmando essa ideia, neste mês é celebrado o Abril Laranja, uma campanha mundial de prevenção contra a crueldade animal criada pela ASPCA (Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade a Animais).

A campanha começou em 2006, nos Estados Unidos, com o objetivo de conscientizar a sociedade sobre o tema. A iniciativa do Abril Laranja representa a importância de cuidar dos pets, destacando a necessidade de promover o bem-estar deles em todos os aspectos da vida. A crueldade com os animais é um tratamento que causa sofrimento ou dano aos bichos.

"A prevenção da crueldade animal é um compromisso que abrange desde a conscientização sobre os sinais de abuso até a defesa por políticas públicas", afirma a médica-veterinária da Special Dog Company, Kelly Maiara Lopes Carreiro.

Educar as pessoas sobre a responsabilidade do cuidado com os pets, denunciar casos de negligência e apoiar organizações dedicadas ao bem-estar animal são passos importantes para combater a crueldade. "O zelo pelos animais não deve ser apenas uma reflexão sazonal, mas sim uma jornada contínua em direção a um futuro no qual todas as criaturas possam viver livres do medo e da dor", reflete a especialista.

SERVIÇO

Caso presencie ou tenha conhecimento de alguma situação de maus-tratos, é fundamental reportar o ocorrido. Você pode fazer uma denúncia ligando para o número 181 (Disque Denúncia) ou diretamente para a Polícia Militar pelo número 190.

O QUE É

  • - Abandonar o animal
  • - Não oferecer assistência médica
  • - Não disponibilizar uma alimentação adequada
  • - Manter o bichinho em locais insalubres ou trancafiados
  • - Deixar amarrado
  • - Falta de cuidados com a higiene
  • - Deixar sob o sol ou chuva
  • - Não oferecer abrigo adequado
  • - Agredir
  • - Não vacinar
     

CRIME E PUNIÇÃO

No Brasil, a crueldade contra cães e gatos é crime desde 1998. Em 2020, foi sancionada a lei nº 14.064, que aumentou as penas para quem maltrata os animais, a Lei Sansão. Ela definiu que esses crimes contra cães e gatos serão punidos com prisão de dois a cinco anos, mais proibição da guarda e multa (sem especificar o valor). As multas já estão entre as sanções previstas pela Lei dos Crimes Ambientais e variam de, no mínimo, R$ 50 a, no máximo, R$ 50 milhões.

Cinco fatos cruéis contra bichos

Fato 1: 95% dos porcos criados em sistemas industriais intensivos não podem expressar seus comportamentos naturais. Três em cada quatro porcas mãe criadas em sistemas industriais são confinadas em gaiolas do tamanho de uma geladeira comum durante a gestação. O espaço é tão pequeno que elas não conseguem nem se virar. A pecuária industrial intensiva é a maior fonte de crueldade com animais no mundo.

Fato 2: A maioria dos bichos-preguiça explorados pelo turismo morre seis meses após a captura. A crescente demanda por selfies com animais silvestres aumentou drasticamente o número de animais que são explorados como acessórios para fotos. Uma das maiores vítimas dessa prática é o bicho-preguiça. Na natureza, ele têm uma vida tranquila e sonolenta. Estar constantemente cercado por barulho e pessoas das quais ele não consegue fugir causa um estresse inimaginável nesse animal. 

Fato 3: Há 96% de chance de que atrações com elefantes mantenham os animais em condições inaceitáveis. Quando não estão se apresentando, os elefantes usados pela indústria do entretenimento estão acorrentados - dia e noite, muitas vezes, em correntes com menos de três metros de comprimento. Esses elefantes são arrancados de suas mães ainda bebês e passam por treinamentos baseados em espancamento e maus-tratos.

Fato 4: Pelo menos 75% das cobras, lagartos e tartarugas morrem até um ano após se tornarem animais de estimação. Animais silvestres mantidos como animais de estimação experimentarão, inevitavelmente, algum tipo de sofrimento. Isso porque é impossível atender a todas as necessidades de um animal selvagem se ele não estiver na natureza.

Fato 5: Existem de cinco a seis mil tigres vivendo em cativeiro na China para alimentar a indústria da medicina tradicional. Embora a maioria dos remédios asiáticos de medicina tradicional não contenha partes de animais silvestres, aqueles que contêm alimentam uma demanda crescente pela criação de grandes felinos em cativeiro. Tigres e leões são caçados e criados em cativeiro em todo o mundo para que ossos e outras partes de seus corpos virem ingredientes da medicina tradicional. Os que são criados em cativeiro são mantidos em espaços minúsculos, causando-lhes sofrimento físico e mental. (www.worldanimalprotection.org.br)

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