Eu daria tudo que eu tivesse

Pra voltar aos tempos de criança

Eu não sei pra que que a gente

cresce

Se não sai da gente essa lembrança

Aos domingos missa na matriz

Da cidadezinha onde eu nasci

Ai meu Deus eu era tão feliz

Na minha pequenina Iacanga

Que saudade da professorinha

Que me ensinou o be-a-ba...

Onde andará Mariazinha,

Meu primeiro amor, onde andará?

Eu igual a toda meninada

Quanta travessura que eu fazia!

Jogo de botões sobre a calçada

Eu era feliz e não sabia...

Eu era feliz e não sabia.

Essa música, "A Professorinha" ou "Meus Tempos de Criança" (na voz do inesquecível Nelson Gonçalves), é uma das pérolas do também inesquecível Ataulfo Alves (1909-1969), natural de Miraí/MG, que aqui tomo a liberdade de alterar, de "...No meu pequenino Miraí..." para "...Na minha pequenina Iacanga...".

E assim o faço para prestar esta singela homenagem à minha querida Iacanga, que neste 15 de abril completará 99 anos. Aliás, "A Professorinha" ou "Meus Tempos de Criança" comove, faz rolar uma lágrima, tenho certeza, a todos com mais de 60 e que têm seus berços nas pequeninas Miraí ou Iacanga daqueles "tempos de criança"... A música do poeta das noites cariocas, Ataulfo Alves, diz tudo...

Que saudade!

Iacanga, irmãos de Iacanga, aquele abraço! Rumo ao Centenário!

Feliz Aniversário!