OPINIÃO

Um paradoxo político-eleitoral entre os jovens

Por Adilson Roberto Gonçalves | 13/04/2024 | Tempo de leitura: 1 min

A migração de votos dos jovens em Kim Kataguiri para Tábata Amaral, avaliada por recente pesquisa DataFolha para a capital paulista, revela que não há qualquer base identitária, social ou mesmo lógica na preferência desse segmento da população. Os nascidos depois da estabilização econômica e introdução de um Estado social ao longo dos anos 1995-2015 não avaliam o quanto estamos perdendo com a ascensão da extrema direita e com o discurso fácil de ser antissistema. Equivaler um representante direitista, apoiador de pautas retrógradas, a uma candidata progressista, ainda que vacilante em algumas posições, é espantoso.

Kim Kataguiri é o representante surgido das movimentações estudantis nas ruas de 2013, que conseguiu capitalizar para a extrema direita aquilo que era um misto de incerteza e vontade de mudança, mas sem saber o risco daqueles protestos, como vimos acontecer posteriormente. Muita gente estava animada com mudanças para melhor - o que nunca aconteceu - e a esquerda se viu sem ação porque não entendeu o que estava em curso.

Um jovem nascido neste milênio acredita que foi o PT que destruiu o país, enquanto que a realidade é que o partido foi o protagonista na introdução do estado social no período que governou de 2002 a 2015.

Vamos ver o que esse segmento da população concluirá quando melhor estudar as candidaturas, não apenas na capital paulista, mas em todo o país.

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