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OPINIÃO
Texto autoral
Por Marjorie Rocha | 06/04/2024 | Tempo de leitura: 1 min
Bauruense, escritora e advogada
Escrever é tecer com fios de ouro as palavras que guardamos em todos os tempos vividos.
Um passo atrás, e observamos a nossa infância criando asas, e do alto de um balão colorido balançamos os cabelos com o vento.
Passo à frente, viajamos até Saturno e rodopiamos pelos seus anéis coloridos.
E ainda agora, neste breve instante, largamos a mão sobre o teclado escuro e nos deixamos surpreender com o toque sutil da Vida que nos impulsiona à vontade indômita da poesia.
Diariamente, tracejadas pelo branco papel, as histórias insistem em serem contadas de forma mágica, sublime e inquietante.
Assim como nas artes plásticas, elas precisam de alguém para sobrepô-las, combiná-las em formas e cores, escutá-las com o devido fervor do coração, para torná-las acessíveis ao curioso olhar de quem as procura.
Libertas, elas voam e criam ninhos ou asas além de qualquer horizonte.
Presas, dormem tristes em vagas lamentações.
Em perfeito equilíbrio, podem descrever a Monalisa com apenas uma sílaba, suspirando ares de musa.
Assim como nós, elas querem ser quem são, e intuitivamente sabem, sempre sabem!
Porque se existe algo a ser contado e descoberto, elas inventam e trazem com precisão e clareza, a ideia mais tímida.
Expressar-se por elas, é apenas mais um célebre ato de pura simpatia e coragem por tudo aquilo que deseja nascer, revelar-se e permanecer em silêncio, até que alguém ouse despertá-las e guardá-las consigo.
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