OPINIÃO

E agora, José?

Por Roberto 'general' Macedo | 16/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Pegando um gancho na linda música do compositor Paulo Diniz e a transportando para o reajuste salarial dos servidores públicos municipais, ativos e Inativos, pergunto: "E agora, prefeita"? A luz apagou?

O dissídio do funcionalismo municipal é 01/03 a cada ano. Nos três anteriores da atual gestão foi difícil a negociação, embora durante a eleição tenha sido prometida uma valorização.

Logicamente entendemos que passamos por uma pandemia onde, injustamente, os assalariados não tiveram nenhum reajuste por força de Decreto Federal, só que o funcionalismo não pode pagar sozinho essa conta.

Mas o pior da pandemia passou, com a ajuda desse mesmo governo federal, as prefeituras puderam se sustentar e poucas entraram em colapso financeiro, quem, na verdade, entrou em "parafuso" foi o bolso dos servidores públicos que ficaram "a ver navios", só vendo a inflação oficial corroer a cada dia seus minguados salários.

Pior, sentindo na pele a inflação real mascarada pelos "economistas" governamentais.

E agora, prefeita?

A "festa" acabou, as coisas voltaram à sua quase normalidade, a arrecadação cresceu e o comprometimento dos salários em relação a arrecadação deve estar bem abaixo dos 51% previstos em Lei. Não chegou a hora de cumprir promessas e valorizar realmente os servidores nesse dissídio em aberto?

Não será a simples reposição dessa inflação divulgada para "inglês" ver ou alardear que a prefeitura vai "comprar licença-prêmio que deveria ser usada em descanso ou lazer" que a triste situação do funcionalismo será resolvida, é uma medida paliativa e não atinge a todos, pois aposentados e pensionistas não têm essa prerrogativa.

É necessário bem mais que isso, é preciso repor perdas e trazer o poder de compra mais perto da realidade.

Reforço minha fala em publicações anteriores no JC: ninguém é obrigado a prometer, porém, se prometeu tem que cumprir.

Nesse ano de eleições municipais teremos a "prova de fogo": ou se cumprem promessas anteriores ou o funcionalismo se lembrará das não cumpridas.

Prometer novamente tenho certeza que ninguém aceitará, afinal, quem já foi picado por cobra tem medo até de mangueira de jardim.

Sou otimista por natureza, tenho convicção que a prefeita Suéllen Rosim se sensibilizará e seguirá por um caminho que seja bom para ambas a s partes. Aguardemos.

Receba as notícias mais relevantes de Bauru e região direto no seu WhatsApp
Participe da Comunidade

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.