EM BAURU

Greve continua seguindo a liminar do TJ; Meira quer urgência no PL do Magistério

Imposição do regime sobre a proposta possibilitaria pautar o projeto mesmo com a pauta travada, avalia o parlamentar

Por André Fleury Moraes | 20/02/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Sinserm/Divulgação

Servidores do magistério durante assembleia nesta segunda (19), décimo dia de greve, na sede do sindicato da categoria
Servidores do magistério durante assembleia nesta segunda (19), décimo dia de greve, na sede do sindicato da categoria

O magistério de Bauru chegou ao décimo dia de greve com 70% de seu efetivo em atividade nas salas de aula, em respeito ao percentual mínimo determinado em decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) há cerca de uma semana.

Em assembleia realizada na manhã desta segunda-feira (19), profissionais da categoria deliberaram pela continuidade da paralisação até que o governo acate uma minuta do Projeto de Lei (PL) que regulamenta o piso do magistério elaborado pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm).

A prefeitura, enquanto isso, divulgou nota no início da tarde de ontem que "a adesão à greve dos professores na rede municipal está menor em relação à semana passada".

"No ensino fundamental, todas as turmas estão com aulas e poucas classes sem professores. No ensino infantil a situação é semelhante. A maior parte das escolas funcionam normalmente", diz o texto.

A greve diminui à medida em que a indefinição da categoria sobre o projeto que regulamenta o piso aumenta. Havia a expectativa de que o atual projeto em trâmite na Câmara fosse votado na semana passada, o que não aconteceu.

A aprovação do texto chegou a ser aprovada em assembleia do Sinserm realizada em frente à Câmara na sessão de quinta-feira (15), mas houve divergências ao longo da sessão e a categoria decidiu posteriormente pedir o sobrestamento do projeto - medida atendida pela relatora do texto na Comissão de Justiça, Estela Almagro (PT) - até segunda ordem.

O problema do novo adiamento do projeto está nos prazos da lei eleitoral. A não ser que a prefeita Suéllen Rosim (PSD) encaminhe um pedido para retirar o regime de urgência sobre o PL da Concessão, não é possível estimar quando, afinal, o texto será liberado para votação.

E a Câmara não poderá mais votar benefícios ao funcionalismo público, entre os quais o aumento salarial do magistério, a partir de 6 de abril. A legislação eleitoral veda aprovação de benefícios num período de seis meses antes do pleito. Apenas a reposição da inflação é permitida neste caso.

Uma possível saída a esses dois impasses - a pauta travada e o prazo da lei eleitoral - foi sugerida pelo vereador Coronel Meira (União Brasil). "Vou pedir que o PL sobre o piso do magistério tramite em regime de urgência", anunciou em discurso na sessão desta segunda.

A avaliação é de que a pauta legislativa está travada apenas para os projetos que tramitam em regime "ordinário" (normal). Propostas urgentes, portanto, poderiam entrar na pauta.

"Protocolei, junto com outros vereadores, requerimento para que o PL do Piso tramite em regime de urgência. A iniciativa não resolve tudo, mas abre a possibilidade para que possamos votá-lo mesmo com a pauta travada pelo projeto da concessão do esgoto", escreveu Meira nas redes sociais.

"Tem professora em Bauru ganhando pouco mais que um salário mínimo. Isso é inadmissível. Mas que fique claro: a solução, de fato, está nas mãos da prefeita, que precisa responder os questionamentos feitos por um membro da Comissão de Justiça para que o projeto volte a andar na Câmara", prosseguiu.

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1 COMENTÁRIOS

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  • ADRIANO ANDRADE
    20/02/2024
    A prefeita com o boa bolsonarista não valoriza a educação, pois se valorizasse não haveria greve e atenderia os professores que ganham um miséria.