COLUNA

Vocação aos vários ministérios leigos na Igreja

Por Dom Caetano Ferrari |
| Tempo de leitura: 3 min
Bispo Emérito de Bauru

Neste último domingo de agosto a Igreja nos convida a contemplar a vocação dos fiéis leigos e leigas, principalmente, do catequista. Os cristãos leigos são chamados a ser "Sal da Terra e Luz do Mundo", conforme lemos em Mateus 5,13-14.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB - aprovou recentemente um documento denominado "Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade". Na introdução do documento os nossos Bispos brasileiros fizeram questão de afirmar em nome próprio que: "É com alegria e admiração que, mais uma vez, nós Bispos, pastores da Igreja de Cristo, expressamos o nosso agradecimento aos cristãos leigos e leigas, pelo testemunho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja e pelo entusiasmo com que se doam ao nosso povo, às nossas comunidades, às suas famílias, às suas atividades profissionais, até ao sacrifício de si. O laicato como um todo é um 'verdadeiro sujeito eclesial'. Cada cristão leigo é chamado a ser sujeito eclesial para atuar na Igreja e no mundo. A Francisco de Assis o Cristo Crucificado ordenou: 'Vai e reconstrói a minha Igreja'. Temos firme esperança de que continuarão dando grande contribuição à renovação da Igreja de Cristo e sua atuação no mundo". E na conclusão registraram que: "Como bispos, nos propomos a acolher cada vez mais com coração fraterno a todos os cristãos leigos e leigas, valorizando sua atuação na Igreja e no mundo; ouvindo suas opiniões e sugestões, buscando seu parecer de acordo com sua competência; confiando-lhes responsabilidades e ministérios; escutando os seus apelos e os seus gritos silenciosos; reconhecendo-os em suas reais situações de vida como faziam os apóstolos (2Tm 4,19-21); apoiando-os em sua formação e organização próprias e sofrendo juntos as angústias e partilhando as esperanças da ação evangelizadora". Finalizando, os Bispos invocam a intercessão de Nossa Senhora, dizendo: "Pedimos a Maria, mãe da Igreja, cheia de fé e de graça, totalmente consagrada ao Senhor, exemplo de mulher solícita e laboriosa, que acompanhe a todos os leigos e leigas, seus filhos e filhas, em cada dia da vida. Sob sua maternal proteção ecoem em nossos corações as suas palavras: 'Fazei tudo o que Ele vos disser!' (Jo 2,5)".


No Evangelho da Missa deste domingo - Mt 16,13-20 - Pedro professa sua fé em Jesus que lançou esta pergunta aos discípulos: "Vós, quem dizeis que Eu sou?" Pedro, respondendo-Lhe em nome dos outros, disse: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo". Jesus, em resposta, constituiu Pedro rocha, fundamento firme da Igreja, e concedeu-lhes o "poder das chaves". Jesus falou assim: "Tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos céus".


O poder das chaves significa o ministério/serviço de Pedro e de seus sucessores no tempo, hoje do Papa Francisco. Um ministério/serviço que é uma realidade de fé, mediante o qual, Pedro ou seu sucessor governa ou administra a comunidade de Deus neste mundo, ou seja, a Igreja. O Papa é o sinal sacramental garantidor da unidade e da comunhão na nossa Igreja Católica, Apostólica e Romana. Seu poder vem de Deus e não dos homens. Ensina-nos o Catecismo: "O Papa é o supremo pastor da Igreja, cuja cabeça é, na verdade, Cristo. O Papa é 'representante de Cristo na Terra'. Como autoridade superior na pastoral e no ensino, vela pela transmissão pura da fé" (Youcat, 141).


Como o Papa Francisco costume pedir orações para ele, rezemos, então, suplicando a Deus lhe conceda bênçãos de saúde, paz e todo o bem. Amem!

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