ECONOMIA

IBC-Br teve alta de 0,56% em abril

Por Reinaldo Cafeo | 17/06/2023 | Tempo de leitura: 4 min

O IBC-Br, que é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central, considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), teve alta de 0,56% em abril em relação a março. O resultado ficou acima da mediana das projeções do mercado, que estimavam uma estabilidade no índice. No trimestre encerrado em abril, o indicador atingiu alta de 3,47% na comparação com o trimestre anterior. No ano, o IBC-Br registra alta de 3,88% no acumulado até abril, sem ajustes. No acumulado dos últimos 12 meses, até abril, sobe 3,43%.

Por dentro da revisão do rating do Brasil
A agência de classificação de risco S&P reafirmou o rating soberano do Brasil de longo prazo em moeda estrangeira em “BB-, ainda em grau especulativo, mas alterou a perspectiva para a nota soberana de estável para positiva, destacando as expectativas de maior pragmatismo na política nacional. A classificação positiva para o país não acontecia desde 2019. A S&P disse que sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país, atualmente baixas.

Definição de rating é um processo 1

O resultado de agora é fruto do empenho dos governos de Temer e Bolsonaro, portanto é um processo longo. De acordo com a agência, apesar do país ainda apresentar grandes déficits fiscais, o crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) e a organização da política fiscal “podem resultar em um aumento menor da dívida do governo do que o inicialmente esperado”.

A S&P disse que sinais de maior certeza sobre políticas fiscal e monetária estáveis podem beneficiar as perspectivas de crescimento econômico do país, atualmente baixas. De acordo com a agência, apesar do país ainda apresentar grandes déficits fiscais, o crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) e a organização da política fiscal “podem resultar em um aumento menor da dívida do governo do que o inicialmente esperado”. “Nossa visão positiva baseia-se na perspectiva de que medidas contínuas para enfrentar a rigidez econômica e fiscal podem reforçar nossa visão da resiliência da estrutura institucional do Brasil e reduzir os riscos à sua flexibilidade monetária e posição externa líquida”. 

Definição de rating é um processo 2
“A trajetória de crescimento do PIB e das finanças públicas tem sido melhor do que o esperado anteriormente, ajudando a conter os riscos que, de outra forma, poderiam prejudicar a política monetária e a posição externa do Brasil. Em nossa opinião, o risco de tais reformas serem revertidas ou mal implementadas diminuiu devido a uma política econômica mais pragmática entre os poderes que fazem parte do governo”, aponta. Além disso, a forte posição externa do Brasil, uma taxa de câmbio flexível e um regime de política monetária baseado em uma estrutura de metas de inflação conduzida por um Banco Central autônomo sustentam os ratings. “A nova administração de centro-esquerda provavelmente trabalhará pragmaticamente com um Congresso dividido, mas em grande parte centrista, para implementar seus planos”, avalia.

Pragmatismo político
A agência de classificação de risco complementa ao dizer que espera que o pragmatismo político do governo se traduza em uma estrutura estável e previsível para a política monetária, esforços para conter eventuais “derrapagens” fiscais e governança eficaz das entidades relacionadas ao governo, muitas delas com papéis importantes na economia brasileira. “Esperamos que uma nova regra fiscal que substitua o atual teto de gastos seja aprovada no curto prazo. A nosso ver, a nova regra será mais permissiva do que o teto de gastos que está prestes a expirar, mas manterá muitos dos gatilhos que permitiram a melhora fiscal nos últimos dois anos. Considerando que o Brasil já possui altas receitas fiscais, a viabilidade da regra fiscal dependerá da administração e do Congresso abordarem a rigidez orçamentária, incluindo a indexação de gastos e a onerosa remuneração de funcionários públicos em todo o governo e em instituições do setor público”, afirma.

Na expectativa da reforma tributária
A S&P cita ainda a reforma tributária, apontando que o governo está trabalhando em um projeto de lei para reformar a complicada estrutura de impostos sobre o consumo do país. “A simplificação do sistema tributário pode fornecer um forte sinal para a direção de políticas no curto prazo e beneficiar as perspectivas de crescimento econômico no médio e longo prazo. No entanto, o debate no Congresso está em um estágio muito inicial e ainda exigirá tempo e um capital político significativo”, avalia. Agora é trabalhar para garantir bons indicadores econômicos e o atual governo fazer a lição de casa. Desafios são enormes.

Semana de Copom
Na próxima quarta-feira sairá a decisão do Comitê de Política Monetária – Copom sobre o futuro da taxa de juros do Brasil. Tudo indica que será mantida a taxa nos atuais 13,75% ao ano, e que a partir da próxima reunião os juros comecem a cair, devido principalmente ao processo de desinflação. Vamos acompanhar.

Mude já, mude para melhor!
Como diz a melodia: “o melhor lugar do mundo é dentro de um abraço”. Quando passamos por momentos de turbulência são os amigos e familiares que nos apoiam e nos incentivam. Um abraço “daquele” a todos que sempre estão ao nosso lado. Mude já, mude para melhor!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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