TECNOLOGIA

Firework assume carteira da EZDevs e expande atividade

Negociação entre empresas bauruenses de tecnologia foi concluída no começo de março; Firework projeta crescimento no mercado e equipe da EZDevs foca atenções na Kodus

Por Da Redação | 28/03/2023 | Tempo de leitura: 5 min
Da Redação

Divulgação

Em pé: Gabriel Malinosqui, Junior Sartori e Wellington Santana; sentados: Fernando Hideo, Lúcio Calazaes e Bruno Lopes
Em pé: Gabriel Malinosqui, Junior Sartori e Wellington Santana; sentados: Fernando Hideo, Lúcio Calazaes e Bruno Lopes

A Firework está assumindo as operações da EZ Devs! É o segundo M&A (Merger and Acquisition) da empresa nessa história que completa 10 anos em abril.

O ano de 2023 começou com busca por novidade nas duas empresas. A galera da EZ queria focar na Kodus, uma plataforma completa de carreira para desenvolvedores. Para concentrar energia no produto que estão desenvolvendo, eles vão abrir mão de atuar em outsourcing, staff augmentation, formação de squad, hunting e matchmaking. E esse mercado é mais parecido com o que a Firework faz.

A Fire tinha um plano de expansão que ficou bem desafiador por conta do momento do mundo tech, que está se reorganizando depois de três anos atípicos (de 2020 a 2022). E essa reorganização afeta toda a cadeia de tecnologia, inclusive a Fire.

“Talvez não seja possível, por enquanto, expandir do jeito que nós esperávamos. E incorporando o portfólio da EZ Devs a gente tem um ganho, um crescimento. Agora é ajudar esses clientes e a equipe”, explica Fernando Hideo, sócio da Firework. “Nesse momento de alguma incerteza, é importante olhar para a diversificação de clientes, ter mais portfólio e correr menos risco. E a previsão é que a gente cresça ainda mais”, completa.

“Decidimos encerrar o ciclo da EZ, para dar um passo ainda maior e começar o ciclo da Kodus. É algo que já vinha nos inquietando há algum tempo e tomamos a decisão de vender a carteira de clientes. E queríamos vender para o Hideo, para a Firework”, conta Gabriel Malinosqui, sócio na Kodus. “Acreditamos muito no mercado de tecnologia, que é gigante e não para de crescer, apesar do momento de reorganização. Ainda existem muitas dores que precisam ser resolvidas. Vamos seguir sem o viés de fazer recrutamento ou outsourcing”, complementa.

Esse match de propósitos e afinidades tem explicação. A Firework praticamente viu a EZ Devs nascer. É uma empresa-irmã, caçula da Fire. As duas empresas estavam em um coworking, que tinha também outras empresas e startups, entre elas a Codewise, que aliás, foi o primeiro M&A, em 2020, como você pode conferir neste link https://fireworkweb.com.br/merge-firework-codewise/.

A primeira reunião para tratar desse assunto foi na primeira semana de fevereiro. A proximidade entre as duas empresas, inclusive, acelerou bastante os processos comuns de um M&A (avaliações sobre a contabilidade, diligências, verificação de receitas, despesas e margem de lucro, etc).

Isso só foi possível porque a parte mais delicada em transações dessa natureza, que é o estabelecimento de confiança, já estava feita há tempos. “No começo, eles até pegaram projetos parecidos com os nossos, mas nunca vimos a EZ como concorrente. Era mais uma empresa de amigos”, lembra Hideo. “A troca de experiências no começo sempre foi bem bacana, pudemos ajudar a EZ a crescer, sem precisar bater tanto a cabeça. Estávamos juntos no coworking e depois viemos juntos para a Conq e continuamos próximos. Hoje eles trabalham na fileira da frente”, conta.

Essa confiança já estabelecida agilizou as etapas. As negociações aconteceram de forma bem rápida e tranquila, a Fire está incorporando toda operação, clientes, equipes técnicas e staff, aumentando sua equipe. Desde o dia 1 de março, ambas as empresas trabalham para que o processo de fusão aconteça da melhor forma possível.

A Firework tem, inclusive, um plano para evitar atritos com os clientes incorporados, já que, apesar de parecidas, as atuações das duas empresas têm diferenças essenciais. A EZ formou uma comunidade de desenvolvedores cadastrados e quando uma empresa precisava de um profissional, recorria à essa comunidade.

A EZ apresentava o perfil do profissional para o cliente (experiência, comportamento e conhecimento técnico) que fazia a entrevista para a contratação. Uma vez concluído o processo, o desenvolvedor passa a fazer parte da equipe do cliente.

A diferença mais sensível entre os dois negócios é a aproximação com a equipe e acompanhamento dos projetos. A Firework sempre manteve uma relação muito próxima com o cliente, desde antes do negócio ser fechado.

Na Fire, é feito um levantamento de necessidades, as equipes são formadas, é realizada uma imersão no projeto e a cogestão das pessoas envolvidas, tanto da Firework quanto do cliente, sempre acompanhando as expectativas. Outra diferença é que a empresa não trabalha somente com os desenvolvedores. Quando necessário, outros profissionais se juntam ao time, como product owner, product manager, quality assurance, designer, enfim, uma squad inteira. Também a Firework busca profissionais no mercado para compor essas equipes, quando necessário, enquanto a EZ só trabalhava com as pessoas da comunidade.

Hideo revela que a transição tem uma jornada de 12 meses e deve ser totalmente concluída em março de 2024. A ordem agora é conduzir o processo com o mínimo de fricção possível. “Ao longo do tempo, a gente quer que esses contratos sejam todos com o nosso CNPJ, mas agora, as empresas que tinham contrato com o CNPJ da EZ Devs vão continuar, para evitar que eles eventualmente precisem passar por um novo processo de homologação de fornecedores. Estamos apresentando a fusão das empresas e essas diferenças de trabalho para os clientes, destacando que a entrega não vai mudar, a perspectiva é de melhorias”, completa.

As empresas

Nascida em 2017, a EZ Devs sempre olhou para carreira do desenvolvedor e contratações de tecnologia. Até o final de 2022, atuou em mais de 200 contratações em diversas empresas do país. Em 2023 ela se tornou a Kodus, uma plataforma completa de carreira para desenvolvedores. Os sócios da EZ Devs são Gabriel Malinosqui, Wellington Santana e Junior Sartori.

Instagram: https://www.instagram.com/kodustech/

LinkedIn: https://www.linkedin.com/company/kodustech/

A Firework foi fundada em abril de 2013, voltada 100% para projetos internacionais. Com o tempo foi se diversificando e cresceu no mercado interno. Hoje atua com empresas de diferentes portes e segmentos, no Brasil e exterior. Os sócios da Firework são Fernando Hideo, Bruno Lopes, Lúcio Calazaes e Daniel Polito.

Instagram: https://www.instagram.com/fireworkweb/

Linkedin: https://www.linkedin.com/company/firework-web-&-mobile/

O que é um M&A?

A sigla é utilizada para descrever o processo de Merger and Acquisition (Fusão e Aquisição em português), cada vez mais comum na economia do século 21. As empresas que optam por esse caminho visam fortalecer sua atuação e aumentar a fatia de mercado.

O termo M&A pode descrever tanto uma compra ou uma fusão entre duas empresas para surgir uma organização maior. Na fusão é criado um novo negócio, uma nova sociedade. Já na aquisição, a marca que foi comprada pode deixar de existir ou permanecer no mercado com o mesmo nome, só que sob nova gestão.

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