REAJUSTE

Com base no IPCA, IPTU de 2023 em Bauru será reajustado em 5,9%

Por | da Redação
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Bauru teve sua Planta Genérica de Valores atualizada em 2021, que corrigiu várias distorções
Bauru teve sua Planta Genérica de Valores atualizada em 2021, que corrigiu várias distorções

No início do ano, alguns tributos pesam na conta dos contribuintes brasileiros, como o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), que em 2023 ficará 10,77% mais caro. A inflação apurada no ano é o indexador do reajuste, e serve também para modular outro tributo, neste caso o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que, em Bauru, também vai ter valor majorado para o ano que vem, no entanto, em cerca de metade do que foi reajustado em 2022, ou seja, custará 5,90% a mais.

O secretário de Economia e Finanças, Everton Basílio, explica que o IPTU, assim como outros tributos que possuem índice fixado em lei para o reajuste, necessariamente precisam ter os valores corrigidos anualmente. O cálculo do imposto predial e territorial é feito com base na correção definida pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA) apurado em determinado período.

No caso do IPTU, o período apurado é entre os meses de dezembro do ano anterior e novembro, o que resultou, entre 2021 e 2022, em um acumulado de 5,90%, índice que servirá para correção do valor do imposto em 2023, ante a correção deste ano que foi de 10,25%.

Outros dois tributos municipais que são recolhidos diretamente aos cofres públicos, o Imposto Sobre Serviços (ISS) e o Imposto Sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), não sofrem a mesma alteração do IPTU. Seus percentuais são fixos. "A correção do IPTU é obrigatória, com base no índice que mede a inflação, e caso a prefeitura não faço, pode recair na situação de renúncia de receita", destacou o secretário.

NOVA PLANTA

Em 2021, a Prefeitura de Bauru atualizou a Planta Genérica de Bauru, o que impactou nos valores do imposto territorial este ano. Embora em alguns casos a adequação da planta genérica tenha impacto em aumentos expressivos nos valores do IPTU, chegando a 30% para cerca de 8% dos imóveis (13.043 imóveis), a maior parte deles (34% do total) teve redução nos valores, o que fechou a revisão em uma média positiva de 10,06%.

Essa diferença também está refletida no percentual de aumento dos valores arrecadados pela Prefeitura Municipal até abril deste ano, em relação ao mesmo período em 2021.

A planta genérica foi revista tendo base 165.978 imóveis sobre os quais incide a cobrança do IPTU, sendo que 56.438 imóveis tiveram redução nos valores do imposto, e em outro extremo da tabela, 13.052 tiveram reajuste acima de 30%.

A revisão, por força de lei, deve ser feita de quatro em quatro anos. De 2017 até o presente momento, os valores estavam sendo reajustados apenas pela inflação, o que volta a ocorrer entre 2022 e 2023. Este ano, o estimado de receita decorrente do IPTU é de R$ 131,5 milhões.

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