José Milagre

Privacidade digital importa!

09/08/2020 | Tempo de leitura: 3 min

Cerca de 87% dos usuários de aplicativos afirmam querer privacidade em conversas online, em pesquisa feita pelo Datafolha. Em contrapartida, a lei (PL) 2.630/2020 - Lei de Combate às Fake News, a espera de aprovação pelo Senado Federal, propõe a obrigatoriedade de rastreio e coleta de dados de mensagens encaminhadas, incluindo data, hora e informações de contato por aplicativos como WhatsApp, Facebook e Telegram, Apesar do texto do artigo 10 do PL prever apenas o rastreio de mensagens encaminhadas, empresas como o WhatsApp afirmaram que para ter controle desses dados, seria necessário coletar e guardar dados de todas as conversas e mensagens, o que fere o direito à privacidade do usuário. Será que a falta de privacidade diminuirá o número de usuários das plataformas ou nos acostumaremos com o vazamento e armazenamento de dados pessoais sem a nossa autorização?

Home office: o novo normal, até para o Facebook

O Facebook anunciou, nesta última quinta-feira, a permissão para que seus funcionários trabalhem em home office até julho de 2021 devido a pandemia de coronavírus e sua atual gravidade. "Além disso, estamos dando aos funcionários mil dólares adicionais para atender as necessidades dos escritórios domésticos", disse o porta-voz da empresa. Estratégia plausível da empresa, que incentiva que os funcionários invistam em segurança digital, levando em conta os maiores riscos de invasão e falta de privacidade no trabalho em casa. Mark Zuckerberg, cofundador e CEO da empresa, afirma que para os próximos 10 anos é possível que metade da empresa esteja trabalhando remotamente de forma permanente. A Google também anunciou que seus funcionários também devem permanecer trabalhando em casa até julho de 2021. Você está preparado para essa nova era?

Vazamento de
segredos da Intel

Nessa quinta-feira mais de 20GB de documentos confidenciais da empresa multinacional e de tecnologia Intel foram hackeados e publicados no Twitter. O material confidencial inclui desde campanhas promocionais para produtos antigos da Intel, até especificações, arquiteturas e projetos de hardware que ainda não foram lançados. Tal acontecimento nos faz pensar na vulnerabilidade que estamos vivendo em meio a uma época integralmente digital. O vazamento de documentos de uma empresa especializada em tecnologia e reconhecida mundialmente pode nos mostrar que a garantia de que nossos dados pessoais estão protegidos não passa de uma mera ilusão.

Microsoft considera a
compra de operações
globais do TikTok

O aplicativo chinês TikTok que se tornou febre em 2020 recebe proposta para ter operações de vários lugares do mundo compradas. Até o presidente Trump sugeriu a compra do TikTok para evitar a presença de companhias chinesas em seu território, além de considerar a grande coleta de dados de usuários norte-americanos feitas pelo app sem assentimento. Vale ressaltar que a negociação está longe de ser concretizada, já que o TikTok está vinculado com outra plataforma viral na China chamada Douyin, o que dificulta sua compra pela Microsoft. Você se sentiria seguro com o TIKTOK "americanizado"

Você tem um negócio digital? Escreva para nós?

Você tem uma Startup ou negócio inovador e de tecnologia e está na região. Escreva para a coluna: consultor@josemilagre.com.br Quem sabe você não faz um pitch da sua Startup aqui no Jornal da Cidade? Aguardo sua mensagem!

 

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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