LAVAGEM DE DINHEIRO

'Rainha do Gado', que movimentou R$ 32 milhões, é presa no DF

Segundo a Polícia Civil, ela é professora aposentada da rede pública do DF e recebia R$ 9,4 mil por mês, mas movimentou R$ 32,7 milhões em cinco anos.

Por Thiago Bomfim | 18/06/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Reprodução/PCDF

Chefe da quadrilha, professora aposentada foi presa.
Chefe da quadrilha, professora aposentada foi presa.

Dez pessoas foram alvo de mandados de prisão e de busca e apreensão por envolvimento em uma quadrilha especializada em fraudes contra bancos públicos, bancos privados e lavagem de dinheiro. As ações fazem parte da Operação Rainha do Gado.

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Chefe da quadrilha, professora aposentada foi presa. A mulher, que não teve a identidade divulgada, foi a única da associação criminosa contra quem um mandado de prisão foi cumprido. Segundo a PCDF, ela era professora aposentada da rede pública do DF.

Mulher recebia R$ 9,4 mil por mês, mas movimentou R$ 32,7 milhões em cinco anos. A PCDF constatou que as movimentações realizadas pela professora eram "atípicas", o que fomentou a investigação. Ela possuía vários carros e imóveis na cidade de Brazlândia (DF), e uma fazenda em Esperantina (PI).

Marido de professora era desempregado. As investigações da PCDF indicaram que a mulher era responsável pelo sustento dela, do marido e de cinco filhos.

Grupo esquematizava fraudes em bancos com apoio de gerentes. A quadrilha realizava empréstimos em bancos, no nome de terceiros, e cobrava uma "porcentagem de participação sobre o valor obtido da instituição financeira", segundo a PCDF. Gerentes de bancos privados e de um banco público cederiam o empréstimo com juros abaixo do valor de mercado, através da concessão de financiamentos imobiliários.

Servidores públicos são a maioria dos envolvidos. Investigação notou que a maioria das contas beneficiadas com o golpe é de servidores da Fundação Educacional do DF, principalmente professores e agentes de serviços gerais.

Beneficiários do esquema fraudavam sistema do governo. Durante o golpe, uma pessoa com acesso ao sistema de pagamentos do Governo do DF aumentava o salário do beneficiário do esquema por um curto período. Assim, a margem de crédito desse aumentava e se enganava o banco responsável pelo empréstimo, gerando um crédito "acima da capacidade financeira do servidor ligado ao grupo criminoso".

Investigações continuam. Os envolvidos podem responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, e por crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e contra a administração pública. As penas podem chegar até os 40 anos.

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