POLÍTICA

Lula admite candidatura à reeleição para derrotar 'trogloditas'

'Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista e um negacionista', disse o presidente, sem citar nomes de adversários

Por Marianna Holanda | 18/06/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Reprodução/CBN

'Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse governo voltem eu serei candidato', disse Lula
'Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse governo voltem eu serei candidato', disse Lula

O presidente Lula (PT) disse nesta terça-feira (18) à rádio CBN que poderá ser candidato à reeleição em 2026 para, segundo ele, derrotar o que chamou de "trogloditas". O presidente não citou nomes de adversários. "Se for necessário ser candidato para evitar que os trogloditas que governaram esse governo voltem eu serei candidato."

"Não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista e um negacionista", completou o presidente, que, aos 80 anos em 2026, disse que estará no auge de sua vida.

Embora tenha dito que pode se candidatar, Lula afirmou que essa "não é a primeira hipótese." "Nós vamos ter que pensar muito, tenho que medir meu estado de saúde e minha resistência física porque eu quero ter responsabilidade com o Brasil. Mas não vou permitir que esse país volte a ser governado por um fascista", afirmou.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, Jair Bolsonaro (PL) disse a pelo menos três pessoas que aposta em recursos no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para reaver o direito de se candidatar novamente à Presidência em 2026.

O discurso do ex-presidente, porém, é visto por alguns aliados e por especialistas em direito eleitoral mais como um aceno à militância, para mantê-la acesa, do que como uma esperança real.

As projeções feitas por Bolsonaro também esbarram em dificuldades jurídicas - sobretudo no STF (Supremo Tribunal Federal).

Congresso

O presidente Lula ainda disse que o Congresso se empoderou em relação ao Orçamento, citando as emendas parlamentares, e que os projetos ideológicos, chamados de "pauta de costumes", está fora da realidade do país. "Essa pauta de costumes não tem nada a ver com a realidade", disse o presidente ao se referir à discussão atual sobre aborto.

O presidente disse ainda relação com Congresso mudou muito em relação aos seus governos anteriores e minimizou os problemas atuais, como recentes derrotas. Ele repetiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) "não governou o país e deixou o Congresso fazer o que quisesse".

Lula disse que o Congresso se apoderou do Orçamento por meio de emendas, como das de relator, e afirmou disse que deputados e senadores "muitas vezes têm contribuído" e que, na política sempre, há problemas. "Tem que exercitar a arte de conversar e de convencer." O presidente ainda disse que os líderes do governo no Congresso precisam conversar mais com os parlamentares.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, a chamada "pauta de costumes" do bolsonarismo, que engloba questões como aborto e drogas, vem avançando mais nesta primeira metade do governo Lula do que nos quatro anos de Jair Bolsonaro (PL).

Se de 2019 a 2022 temas como escola sem partido e o chamado Estatuto do Nascituro empacaram, agora o Congresso caminha a passos largos para criminalizar o consumo de drogas e, ao menos na Câmara, para equiparar as penas de homicídio ao aborto cometido após 22 semanas de gestação.

Um conjunto de fatores explica o paradoxo, que engloba também temas relativos à segurança pública e à questão agrária.

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1 COMENTÁRIOS

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  • FERNANDO
    18/06/2024
    Tudo que falou em Debates, faz tudo ao contrário, não dá pra confiar numa pessoa assim, é muito mentiroso. É claro que não quer perder essa boquinha da Presidência, após 550 dias numa cela, hoje, o \"ficha limpa\" viaja o Mundo e se hospeda nos melhores Hotéis e ainda têm cartão corporativo pra tudo e mais um pouco. O estranho disso tudo, é que esse Presidente não tem povo: Posse, 7 Setembro, 1 de Maio...eventos esvaziados. Onde está o povo dos 60 milhões de votos?