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TRAGÉDIA NO SUL
Número de mortos nas enchentes do Rio Grande do Sul chega a 176
Subiu para 176 o número de mortos por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. A atualização foi feita nesta sexta-feira (14) pela Defesa Civil do estado
14/06/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress
Mauricio Tonetto / Secom
![Ao todo, 478 municípios no estado foram afetados pelas enchentes](https://sampi.net.br/dir-arquivo-imagem/2024/06/367f33012a376a0c67257fdd62dd4f68.jpg)
Subiu para 176 o número de mortos por causa das chuvas no Rio Grande do Sul. A atualização foi feita nesta sexta-feira (14) pela Defesa Civil do estado.
Segundo o órgão estadual, o corpo foi encontrado em Venâncio Aires e ainda não foi identificado. A cidade conta agora com cinco mortos na tragédia.
O boletim informou ainda que mais uma pessoa foi registrada como desaparecida em Caxias do Sul, elevando o número para 39 nessa situação. Ao todo, são 806 feridos no estado.
Também de acordo com o informativo da Defesa Civil, nesta sexta havia 10.793 pessoas em abrigos e 422.753 desalojadas por causa da chuvas e da inundação. Ao todo, 478 municípios no estado foram afetados.
O nível dos principais rios e lagos da região tem baixado gradativamente desde o começo do mês de junho e ficado abaixo da cota de inundação. O nível do lago Guaíba, por exemplo, estava em 2,49 metros, às 17h desta sexta, na Usina do Gasômetro, na região central de Porto Alegre.
A cota de inundação neste ponto de medição é de 3,6 metros. A cota de alerta no local é de 3,15 metros.
A tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, que é comparada ao furacão Katrina, que em 2005 destruiu a região metropolitana de Nova Orleans, na Louisiana (EUA), atingiu outros quatro estados norte-americanos e causou mais de mil mortes.
Profissionais de saúde apontam semelhanças entre as duas tragédias, como falta de prevenção de desastres naturais e inexistência de uma coordenação centralizada de decisões. Colapso nos hospitais, dificuldade de equipes de saúde chegarem aos locais de trabalho e desabastecimento de medicamentos e outros insumos são outras semelhanças apontadas.
Neste momento, uma das principais dificuldades é o reconhecimento dos corpos encontrados. A maioria das vítimas vai precisar de exame de DNA para a identificação.
O médico legista e professor aposentado Nelson Massini afirma que a putrefação de corpos se desenvolve rapidamente com a umidade. Depois de uma semana, fazer a identificação por meio de impressão digital já se torna praticamente impossível.
Outra opção é usar a arcada dentária, por meio de radiografias. Quando nenhum dos dois métodos funciona, é preciso recorrer ao DNA, como deve acontecer no estado.
Outra dificuldade é o fato que muitos corpos foram encontrados embaixo da terra, o que também acelera a a putrefação.
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