SOLIDARIEDADE

Joseense Leilah Moreno vai ao Sul ajudar animais abandonados

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Redes Sociais
Leilah Moreno grava vídeo ao lado de cachorro em abrigo
Leilah Moreno grava vídeo ao lado de cachorro em abrigo

A cantora e atriz Leilah Moreno, 38 anos, de São José dos Campos, está no Rio Grande do Sul como voluntária em um abrigo de animais resgatados nas enchentes que atingiram todo o estado.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.

Ela publicou vídeos nas redes sociais falando do trabalho do Centro Vida, em Porto Alegre, que abriga mais de 500 animais resgatados nas enchentes da capital gaúcha.

Entre as postagens, Leilah se defende de críticas que recebeu nas redes por estar ajudando animais ao invés de humanos.

“Quando postei que estava vindo para cá para atuar na causa animal já recebi um monte de mensagens de que era perda de tempo, que era bobagem, que eu estou dando mais valor para os bichos do que aos humanos. Não me arrependo. Eu escolho o que faço da minha vida. E escolhi vir ajudar nessa causa animal”, disse ela.

Segundo Leilah, há bichos perdidos e alguma precisa ser feita para os animais. “Os humanos conseguem pedir ajuda, comer e falar, mas os animais, não. Por isso me dispus a vir. Estão fazendo resgate de animais até hoje, muitos bichos não conseguiram tirar. Alguns estão jogando ração em cima do telhado e tem bicho chegando a toda hora”.

“Se alguém se sentir incomodado por mim, então venha aqui ajudar. Eu escolhi sair da minha casa e do conforto, trazer barraca para dormir e bota para andar e ajudar os bichos. Eles arranham, mordem, querem brincar. Se você puder, venha.”

Em outra postagem, ela conta que está trabalhando no turno da madrugada em uma ala com 40 cachorros. “Estou cuidando de uma ala que tem 40 cachorros. Estou no turno da madrugada e estão dormindo bem tranquilos, mas quando acordam é uma confusão”.

“É latido, uivo e choro o tempo inteiro, fome e cocô, eles ficam procurando seus donos, não é tranquilo, mas não é impossível. Vim de carona de caminhão e vou ficar uns seis dias. O importante é revezar com outras pessoas”, disse a cantora.

Segundo ela, é preciso “preparar o psicológico e emocional” para trabalhar como voluntário, diante da tragédia que aconteceu no Sul.

“Depois que chega é muito difícil, em todos os sentidos. Estou em frente a um alojamento de famílias, de pessoas que estão machucadas e magoadas, vivendo em colchões e comendo o que dão. Tem que estar com o coração muito preparado. No setor dos animais corta o coração da gente. Há alguns que os donos identificaram, mas muitos estão sozinhos, e dá para ver que eram animais bem cuidados, de famílias”, disse Leilah.

“Aqui precisa de voluntários, de gente que tenha coragem e não tenha problema em ajudar o próximo. Não tem água para tomar banho e limpar, só para beber. Quem vier, que venha com coragem de enfrentar dificuldades”, completou a joseense.

Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.

Comentários

Comentários