SAÚDE PÚBLICA

Vigilância Sanitária alerta sobre riscos ao alimentar pombos

Vigilância Sanitária não recomenda que população alimente os pombos, pelo risco de transmissão de doenças. Saiba o que fazer quando há infestação da ave.

Por Maryla Buzati | 06/05/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Reprodução

Pombos em calçada de rua de Araçatuba: criar um ponto de alimentação faz com que eles se aglomerem naquele espaço
Pombos em calçada de rua de Araçatuba: criar um ponto de alimentação faz com que eles se aglomerem naquele espaço

Os pombos são animais que se adaptaram ao ambiente urbano e não é incomum ver pessoas os alimentando. Mesmo que a intenção seja boa, esses animais não devem ser alimentados, pois isso faz com que eles se reproduzam muito nas cidades, ocasionando em diversos problemas para eles e para os humanos.

Criando um problema
Uma moradora do bairro Sumaré, em Araçatuba, informou à redação da Folha da Região/Sampi que ela tem uma vizinha que alimenta pombos na calçada em frente a própria residência, com ração, milho, migalhas etc.

E agora, as aves começaram a invadir a casa da informante. “Eu não posso abrir a porta da cozinha, que eles invadem e tenho que tratar meus cachorros na cozinha, porque não posso nem pôr a ração na área de serviço. Além disso, tenho duas árvores frutíferas no quintal, onde eles ficam empoeirados querendo fazer ninho”, relata.

De acordo com a moradora, a vizinha, que já é uma mulher idosa, alimentava cães e gatos quando morava em outro bairro e agora pode-se dizer que cria pombos, pela quantidade deles que aparecem no local.

Além disso, a casa da idosa é ao lado de uma lanchonete. “Imagina o risco à saúde das pessoas”, aponta.

Orientação e cuidados
A Vigilância Sanitária de Araçatuba explica que os pombos são animais sinantrópicos, ou seja, animais silvestres que conseguem se adaptar e viver junto ao homem, e são protegidos pela legislação.

De acordo com o órgão, quando filhotes, os pombos se alimentam de uma substância chamada "leite de papo", composta por células de descamação rápida do papo. Na vida adulta, sua dieta inclui sementes, insetos, frutos e plantas. No ambiente urbano, eles se alimentam de restos de comida dados pelas pessoas. Esses resíduos não são prejudiciais, pois os pombos são animais sinantrópicos adaptados à vida urbana.

Contudo, vale lembrar que, apesar deles terem se adaptado, eles vivem melhor e por mais tempo na natureza. E se a população não os alimentar, eles conseguem tranquilamente encontrar fontes de alimentos naturais.

O problema de alimentar os pombos é que eles se aglomeram naquele espaço, fazem ninho e se acostumam em viver ali. E é sabido que esses animais transmitem doenças aos humanos, como a criptococose.

A criptococose é uma micose sistêmica causada por fungos, que estão presentes, principalmente, nas fezes dos pombos. Suas manifestações podem ser pulmonar, no sistema nervoso central ou cutânea, com aparecimento de lesões no corpo.

Por isso, orienta-se que as pessoas não alimentem pombos. E que em suas residências, fechem espaços entre os forros e telhados ou outros espaços em que as aves possam se abrigar. Além de manter os ambientes limpos.

Em caso de proliferação de pombos na residência ou em outra propriedade, o indivíduo deve acionar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que fará a inspeção do local; identificará qual o enquadramento legal da denúncia, se é a criação em forros de residências ou alimentação em locais públicos; notifica e/ou infraciona o responsável pela conduta, conforme o risco.

No caso de criação nos forros, o CCZ faz as orientações sobre as medidas para evitar a proliferação dos animais, a alimentação dos mesmos, bem como a manutenção da limpeza do local.

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