ENTREVISTA OVALE

VÍDEO: Felicio diz que há um ‘movimento forçando a barra’ no país para prender Bolsonaro

Vice-governador de São Paulo disse que apoiaria Bolsonaro se ele ‘disputar mais 10 eleições contra o Lula’

Por Xandu Alves | 28/03/2024 | Tempo de leitura: 4 min
São José dos Campos

Daniele Souza / OVALE

Felicio na redação de OVAE
Felicio na redação de OVAE

Participante do ato na Avenida Paulista convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 25 de fevereiro, o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth (PSD), avaliou que há um “movimento forçando a barra” para condenar e prender o ex-presidente.

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Segundo ele, a manifestação na Paulista, que reuniu cerca de 185 mil pessoas, teria deixado claro que uma eventual prisão de Bolsonaro “não vai abalar em nada a sua popularidade junto à população do país e do estado de São Paulo”.

“A gente está acompanhando passo a passo, eu e o Anderson [Farias, prefeito de São José] essas investigações dessa possível tentativa de golpe, que é o que está sendo investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)”, disse Felicio.

Ele também minimizou as declarações de Bolsonaro, reveladas pelo jornal ‘O Estado de S. Paulo’, classificando Gilberto Kassab, líder do PSD, como um expoente da “velha política” e dizendo que não apoiaria ninguém ligado a ele.

“É uma declaração dada por um político com o objetivo de fortalecer o PL. Por isso, ele não está errado ao fazer esse tipo de movimento”, afirmou Felicio.

Confira a entrevista do vice-governador de São Paulo sobre Bolsonaro.

O senhor participou do ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista em fevereiro. Hoje, em um cenário polarizado, o senhor se considera bolsonarista? Qual é a avaliação que o senhor faz das investigações da PF sobre a participação do ex-presidente em uma tentativa de golpe de Estado, que anularia as eleições?

Primeiro que eu e o Anderson, na campanha, já estávamos fazendo campanha para o Bolsonaro. E se o Bolsonaro disputar mais 10 eleições contra o Lula, pode ter certeza de que eu estarei apoiando o Bolsonaro. Não tenho dúvida nenhuma disso.

Agora, o que a gente tem nesse universo de curto período de tempo é uma inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro neste momento e neste cenário, e essas investigações acontecendo.

A gente está acompanhando passo a passo, eu e o Anderson, acompanhando essas investigações dessa possível tentativa de golpe, que é o que está sendo investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O que a gente percebe, inclusive foi falado naquele momento e me chamou a atenção, é que outras acusações contra presidentes acabavam acontecendo fora do STF, aconteceram dentro da segunda instância, da primeira instância, em juízes de primeira e de segunda instância, e no caso específico do Bolsonaro isso não tem acontecido. Vamos continuar acompanhando.

Eu percebo que há um movimento forçando a barra no sentido de acabar condenando o ex-presidente, que pode levar à prisão de Bolsonaro. Mas o ato da Avenida Paulista acho que deixou muito claro que uma eventual prisão que possa vir a acontecer do Bolsonaro não vai abalar em nada a sua popularidade junto à população do país e do estado de São Paulo.

O jornal 'O Estado de S. Paulo' divulgou em fevereiro o teor de uma gravação em que Bolsonaro classifica Gilberto Kassab, líder do seu partido (PSD), como um expoente da "velha política" e dizendo que não apoiaria ninguém ligado a ele. Como o senhor avalia essa declaração?

Olha é natural. O Bolsonaro fez alguns movimentos, inclusive recentemente dizendo que o Tarcísio iria mudar de partido, que sairia do Republicanos e ia para o PL. De uma certa forma, esses movimentos fortalecem o PL, que é o partido dele. Então, é natural por um ser político, como é o Bolsonaro, que faça esse tipo de movimento, que faça determinadas declarações.

Óbvio que também o presidente não vai participar de todas as eleições municipais em todos os municípios do estado. Sei de muitas cidades que terão composições PSD, Republicanos e também o PL. A história local tem que se dar de forma local, quem tem as melhores propostas localmente, quem tem o melhor histórico de ética, respeito e credibilidade dentro das próprias cidades.

Então, é uma declaração dada por um político com o objetivo de fortalecer o PL. Por isso, ele não está errado ao fazer esse tipo de movimento. Inclusive, o Tarcísio teve que negar a ida dele ao PL recentemente, dizendo que não fará qualquer mudança até o final dessas eleições municipais.

Então, é natural que o Bolsonaro movimente o cenário político. E o que a gente percebe, não porque já escutei dele, mas a gente percebe, é que existe certo acordo, que o Valdemar aqui no estado de São Paulo tem ascendência maior sobre o PL e no Rio de Janeiro o Bolsonaro tem uma ascendência maior. Então, também tem essa divisão dentro do próprio PL.

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