Aos poucos, segundo F., ele foi ganhando credibilidade e respeitabilidade. Até que abriu um banco digital, pelo qual captava dinheiro dos clientes e aplicava os valores em investimentos no mercado financeiro, com pagamentos de juros que chegavam até 20%.

"No começo, foi tudo tranquilo, a empresa pagava certinho. Mas, em 2021, começaram os problemas e o banco parou de pagar as parcelas e os juros, deixando todo mundo no prejuízo. Quando o procurávamos (Renam), ele afirmava que não sabia como resolver. Hoje, ele já nem atende mais aos telefonemas e sumiu", afirma.

F. revelou à reportagem da FR que investiu no MR7 Bank cerca de R$ 40 mil, dinheiro fruto de suas economias. Ele já ingressou com ação na Justiça de Araçatuba, cobrando os valores e exigindo reparação por danos morais. O supervisor revelou que, quando começaram a circular os boatos de que a instituição não estava mais pagando os clientes, centenas deles tentaram, sem sucesso, resgatar o dinheiro.

"Virou uma bola de neve. Eram centenas de clientes. Tinha gente que investia R$ 100 mil ou mais do que isso e eu acredito que o prejuízo possa atingir R$ 30 milhões", afirma.

Os clientes lesados também criaram um grupo no WhatsApp, canal que utilizam para se comunicar com relação às perdas financeiras e trocar informações sobre o caso. No âmbito da Polícia Civil, inquéritos de estelionato devem ser instaurados para investigar o caso.

CONTATO

A reportagem da Folha da Região apurou que o banco digital MR7 Bank está registrado em Araçatuba, na Avenida Brasília, Jardim Nova Iorque. Uma conta no Linkedin em nome do banco ainda está ativa. A reportagem fez contato com o advogado do dono do banco, Gáuber Rodrigues Rosseto. Ele solicitou que lhe fosse enviado e-mail com as perguntas a respeito do caso, mas não definiu data e horário para dar retorno. Caso se manifeste, a versão será incluída neste material.