Uma análise global realizada pela consultoria EY aponta uma retração no interesse dos consumidores por veículos elétricos e híbridos, acompanhada por um retorno na preferência por automóveis movidos a combustão. O levantamento revela que a intenção de compra para os próximos 24 meses está concentrada em modelos a gasolina ou diesel, impulsionada por mudanças em diretrizes políticas e limitações na infraestrutura de abastecimento.
A mudança nas tendências de consumo é atribuída, em parte, à nova orientação governamental nos Estados Unidos. A administração de Donald Trump sinalizou incentivos para que fabricantes priorizem a produção de motores a combustão em detrimento da eletrificação. Diante desse cenário, montadoras estão revisando planejamentos estratégicos de longo prazo.
A Volkswagen é uma das empresas que avaliam o uso de extensores de autonomia como alternativa tecnológica. Esse sistema, já operado por fabricantes como a Leapmotor, utiliza um motor a combustão exclusivamente para gerar energia para as baterias, eliminando a necessidade de carregamento frequente em tomadas e reduzindo a dependência de eletropostos.
O estudo destaca que a carência de redes de recarga em diversos países permanece como o principal obstáculo para a transição energética automotiva. O interesse por modelos híbridos também registrou queda, com apenas 16% dos entrevistados manifestando intenção de adquirir veículos com essa tecnologia no curto prazo.
A União Europeia reavalia o cronograma que previa a proibição da venda de carros a combustão a partir de 2035. Parlamentares e autoridades europeias discutem a inclusão de alternativas para o cumprimento de metas ambientais, tais como: