O Brasil registrou um aumento na taxa de letalidade por picadas de escorpião em 2025, com o índice subindo de 0,06% para 0,12% em comparação ao período anterior. Dados oficiais indicam mais de 173 mil acidentes e 200 óbitos no ano corrente, concentrados principalmente em crianças e idosos. O crescimento das ocorrências está associado à expansão das áreas urbanas e às elevadas temperaturas, que favorecem a reprodução e o surgimento do aracnídeo nas cidades.
Segundo dados do painel Acidentes por Animais Peçonhentos, Piracicaba é a líder em casos de acidentes com escorpiões do estado de São Paulo, chegando a 18.136, de 2007 a 2025. Somente este ano foram registrados 1320 casos.
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Em caso de acidente, o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan recomendam procedimentos específicos para minimizar as complicações do veneno, que atua no sistema nervoso:
Os acidentes são divididos por níveis de gravidade conforme a reação do organismo:
A proliferação urbana ocorre devido à oferta de alimento, como baratas, e abrigos em redes de esgoto e entulhos. Para evitar a presença do animal, órgãos técnicos orientam o fechamento de ralos e tomadas, a manutenção de jardins limpos e a vedação de frestas em rodapés e muros. Recomenda-se ainda examinar calçados e roupas antes do uso e manter móveis afastados das paredes.
O escorpião-amarelo e o escorpião-amarelo-do-Nordeste possuem capacidade reprodutiva por partenogênese, processo no qual a fêmea gera descendentes sem necessidade de acasalamento. Cada gestação pode originar até 25 filhotes. Caso um exemplar seja localizado, a orientação é não manuseá-lo diretamente, utilizando instrumentos longos para isolá-lo em um frasco e entregá-lo ao Centro de Controle de Zoonoses local.