A franquia Avatar volta às telonas com mais ambição, tecnologia e uma história marcada por conflitos familiares e ambientais. Avatar: Fogo e Cinzas, terceiro filme da saga criada por James Cameron, estreia oficialmente nesta quinta-feira (18), mas terá pré-estreia nesta quarta-feira (17). Os ingressos podem ser adquiridos pelo site do Cine Araújo Piracicaba ou diretamente nas bilheterias do cinema.
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Com 3 horas e 14 minutos de duração, o longa desafia a lógica dos vídeos curtos e do consumo acelerado de conteúdo ao apostar em uma experiência cinematográfica imersiva. A confiança dos produtores está no espetáculo visual e, principalmente, no nome por trás do projeto: James Cameron, cineasta que revolucionou os efeitos especiais e inaugurou uma nova era do cinema 3D com o primeiro Avatar, lançado em 2009.
A trama retorna ao planeta Pandora e acompanha Jake Sully (Sam Worthington) e sua família em um momento de luto e transformação. Após a morte do filho mais velho em um confronto com a RDA — corporação humana interessada em explorar os recursos naturais do planeta —, Jake, Neytiri (Zoe Saldaña), os filhos do casal e Spider, um jovem humano acolhido pelos Na’vi, enfrentam novos desafios.
Segundo Cameron, o filme aprofunda o olhar sobre a família e o sentimento de deslocamento. “Estamos diante de uma família de refugiados, essencialmente migrantes deslocados. As pessoas podem se identificar com isso”, afirmou o diretor em coletiva de imprensa.
Um dos destaques de Fogo e Cinzas é a introdução de uma nova antagonista: Varang, líder dos Mangkwan, conhecidos como o “povo das cinzas”. Interpretada por Oona Chaplin, neta de Charles Chaplin, a personagem representa um lado mais sombrio dos Na’vi. Seu povo teve o território destruído por um vulcão e agora sobrevive em meio às cinzas, roubos e conflitos.
A mensagem ambiental, marca registrada da franquia, segue central. Os humanos da RDA retornam com uma nova ofensiva para caçar os Tulkuns, criaturas marinhas gigantes e conscientes, em busca da amrita — uma substância valiosa extraída de seus cérebros. A narrativa dialoga diretamente com temas atuais, como as mudanças climáticas e a preservação dos oceanos.
Apesar do avanço tecnológico, Cameron faz questão de destacar que a produção não utilizou inteligência artificial para substituir atores. As filmagens do segundo e do terceiro filmes ocorreram entre 2017 e 2018, antes do auge da IA generativa. O diretor segue apostando na técnica de performance capture, desenvolvida por ele, que capta com precisão os movimentos e expressões dos intérpretes.
Assim como nos capítulos anteriores, o roteiro já desperta debates e críticas por sua estrutura considerada simples e repetitiva — algo que o próprio Cameron trata com humor. “Eu só tive por volta de cinco ideias boas na minha vida. Eu só fico reciclando elas”, brincou.
Veja abaixo os trailers de Avatar: Fogo e Cinzas: