O café, símbolo da rotina brasileira e item quase obrigatório nas mesas do país, também está no centro de um rígido sistema de fiscalização. Nos últimos anos, ações de órgãos reguladores resultaram na retirada de marcas conhecidas do mercado, após a identificação de falhas que colocam em risco a saúde do consumidor.
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O Brasil, líder mundial na produção de café, possui normas específicas para garantir que o produto chegue ao consumidor dentro dos padrões de qualidade e segurança. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atua diretamente sobre os produtos destinados ao consumo final, enquanto o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) acompanha todas as etapas da cadeia produtiva, desde a lavoura até a industrialização.
Entre os principais problemas encontrados nas fiscalizações estão o uso de ingredientes não autorizados, ausência de licença sanitária, falhas na rastreabilidade e condições inadequadas de higiene. Quando essas irregularidades são confirmadas, os órgãos podem suspender a fabricação, apreender lotes e proibir a comercialização das marcas envolvidas.
Um exemplo ocorreu em dezembro de 2023, quando produtos da linha Café Blends do Brasil foram retirados das prateleiras após a constatação do uso de componentes fora dos padrões permitidos. Já em novembro de 2025, a marca Vibe Coffee teve todas as vendas suspensas no país. A decisão veio após uma inspeção apontar funcionamento sem licença, problemas na identificação da origem do produto e falhas sanitárias consideradas graves.
Além de estabelecer limites para contaminantes e regras claras de rotulagem, a Anvisa também exige que as empresas sigam boas práticas de fabricação. Já o MAPA avalia critérios como pureza, teor de umidade, armazenamento correto e ausência de impurezas, assegurando que o café atenda aos padrões oficiais antes de chegar ao consumidor.
Mais do que punir, a fiscalização contínua tem caráter preventivo e educativo. Ao exigir o cumprimento das normas, os órgãos reguladores buscam reduzir riscos à saúde pública e estimular a responsabilidade das empresas do setor. Para o consumidor, a orientação é acompanhar comunicados oficiais e optar por marcas regularizadas, garantindo um café seguro e confiável no dia a dia.