O Banco Central iniciou, nesta segunda-feira (1º), uma nova ofensiva contra golpes envolvendo abertura indevida de contas bancárias. A autoridade monetária apresentou o BC Protege+, recurso gratuito que funciona como um bloqueio preventivo para impedir que criminosos usem dados de terceiros — CPF ou CNPJ — para criar contas fraudulentas.
VEJA MAIS:
A medida reforça o combate às chamadas “contas laranja”, usadas para movimentar dinheiro ilegal. Ao ativar a proteção, o titular informa ao sistema financeiro que não autoriza a criação de novas contas, o que obriga bancos e fintechs a checarem a base do BC antes de dar início a qualquer contratação. Caso o bloqueio esteja ativo, a solicitação deve ser recusada imediatamente, inclusive quando se trata de tentativa de inclusão como co-titular ou representante de contas de outra pessoa.
A ferramenta não interfere nas contas já existentes, que seguem funcionando normalmente. O controle do recurso é feito no aplicativo ou no portal Meu BC, acessível para usuários com conta gov.br nos níveis prata ou ouro. A ativação e a desativação podem ser realizadas a qualquer momento, o que permite ao cidadão desbloquear o CPF temporariamente se quiser abrir uma nova conta e reativar o bloqueio na sequência.
O lançamento integra um pacote mais amplo de ações do Banco Central para elevar a segurança das operações financeiras e reduzir o número crescente de fraudes no país. A instituição já havia criado mecanismos para limitar a criação irregular de chaves Pix, e agora amplia a proteção para outros serviços.
Ferramentas semelhantes já existiam em iniciativas privadas e estaduais, como o Lock&Unlock, da Serasa, e o sistema de bloqueio oferecido pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e pela Jucesp desde 2022. Com o BC Protege+, a expectativa é centralizar e fortalecer o controle sobre a abertura de contas em todo o sistema financeiro nacional.