O acidente que matou um torcedor do Palmeiras de Limeira, na Região Metropolitana de Piracicaba, expôs uma grave situação de irregularidades no transporte turístico de Lima, no Peru. O médico brasileiro Cauê Dezotti, apaixonado pelo Verdão, morreu na última sexta-feira (28) após bater a cabeça em uma ponte enquanto estava no andar superior de um ônibus turístico de dois andares e sem teto.
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A Autoridade de Transporte Urbano de Lima e Callao (ATU) confirmou que o veículo não tinha qualquer autorização para operar como transporte turístico. A situação é ainda mais absurda: o motorista também não possuía habilitação para conduzir esse tipo de ônibus.
Embora a empresa Solbus Transporte Turístico E.I.R.L. seja formalmente regularizada, o veículo usado no passeio — justamente o que levava Cauê e outros torcedores — estava totalmente fora das normas, sem permissão de circulação e com mais de 15 anos de uso, idade que, pelas regras locais, já classifica o automóvel como sucata.
A ATU informou que, após a conclusão do trabalho policial, o ônibus será levado a um depósito e pode ser oficialmente descartado. A empresa responsável deve receber uma multa pesada, estimada em mais de S/ 21 mil, por operar de forma ilegal e colocar passageiros em risco.
A morte do médico gerou comoção entre palmeirenses e brasileiros nas redes sociais. Muitos torcedores denunciaram a falta de fiscalização e cobraram respostas das autoridades peruanas. O caso virou símbolo da negligência no turismo local e abriu uma discussão urgente sobre segurança, responsabilidade e proteção aos visitantes.
A investigação segue em andamento, e a família do médico aguarda esclarecimentos e responsabilização dos envolvidos.