A chegada da UnionPay ao Brasil, em parceria com a fintech brasileira Left, pode ocorrer nos últimos meses de 2025, e promete diversificar o setor de cartões de crédito. A China expandirá suas operações no mercado brasileiro, atualmente dominado por Visa e Mastercard. A fintech facilitará a integração dos serviços da UnionPay, já aceita parcialmente no país, e lançará cartões de crédito digitais que também terão impacto social.
Projetada para começar com cartões de crédito, a operação brasileira da UnionPay busca incluir produtos de débito e pré-pago posteriormente. A fintech Left conectará a rede chinesa a bancos e terminais do Brasil. A UnionPay promete contribuir com uma extensa rede global já presente em mais de 180 países. Até o momento a marca não se posicionou sobre uma "estreia" no país, ou ao menos confirmou de forma oficial sua vinda para cá.
Embora ainda não emitidos localmente, cartões UnionPay são aceitos em várias cidades turísticas brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo, Manaus e Salvador. A ampliação da aceitação foi possível por meio de parcerias com adquirentes e redes de caixas eletrônicos. Com a emissão nacional, a empresa disputará o mercado interno, mirando clientes que viajam à Ásia ou fazem compras internacionais.
A Left planeja integrar um modelo de impacto social em suas operações, apoiando causas comunitárias e sustentáveis. A entrada da UnionPay também ocorre em meio a tensões entre Brasil e Estados Unidos, destacando a oportunidade de diversificação do sistema de pagamento local.
A concorrência com Visa e Mastercard no mercado brasileiro pode trazer mais opções e reduzir taxas para consumidores e lojistas. A aceitação de cartões UnionPay deve continuar a crescer, com potencial para impactar o mercado de forma significativa.
Aguardam-se esclarecimentos sobre o cronograma oficial, benefícios das novas ofertas e parcerias locais, enquanto a aceitação para usuários internacionais permanece inalterada.
Segundo matéria do Estadaão, especialistas em finanças consultados afirmam que não há fundamento nas alegações de que a China poderia comprometer a soberania econômica brasileira ou controlar transações caso a UnionPay atue no Brasil.
O economista Alexandre Chaia, do Insper, e a administradora Myrian Lund, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), destacam que não existe risco de controle chinês, já que todas as operadoras de cartão devem obedecer às regras e à fiscalização do Banco Central do Brasil, independentemente de sua origem.
Para operar no país, a UnionPay terá o mesmo nível de acesso a informações que empresas americanas como Visa e Mastercard, além de ser obrigada a seguir as mesmas normas.
Vale lembrar que, o Banco Central esclarece que as bandeiras são entidades jurídicas que estruturam e organizam o sistema de pagamento. Este sistema é composto por regras e procedimentos que regulam a prestação de serviços de pagamento ao público, facilitando transações financeiras com o uso de dinheiro eletrônico.