14 de dezembro de 2025
INVESTIGAÇÃO COMEÇA

CPMI do INSS mira Bolsonaro e irmão de Lula em primeira fase

Por Bia Xavier - JP |
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: Marina Mota
Primeira reunião da CPMI do INSS.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS começou nesta terça-feira (26) suas atividades, com olhares atentos de governistas e opositores em busca de definir a pauta das investigações. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), deve apresentar ainda nesta semana o plano de trabalho, determinando quais requerimentos serão atendidos.

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Governo articula convocação de Bolsonaro

Deputados da base do governo se reuniram no Palácio do Planalto com a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffman, em uma tentativa de alinhar estratégias e evitar derrotas semelhantes à registrada na semana passada. Fontes do governo indicam que a prioridade é levar o ex-presidente Jair Bolsonaro a depor na CPMI.

Oposição foca em Frei Chico

Do lado da oposição, o esforço recai sobre a convocação do irmão do presidente Luís Inácio Lula da Silva, conhecido como Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades investigadas. Até o momento, não há indícios de participação de Frei Chico em irregularidades, segundo fontes parlamentares.

Disputa pelo comando da CPMI

Na semana passada, a oposição surpreendeu ao indicar o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente da CPMI e Alfredo Gaspar como relator, contrariando acordos prévios com líderes do governo. O episódio marcou um “cavalo de pau” estratégico que reforça o clima de disputa interna entre os blocos.

Segundo o senador Izalci Lucas (PL-DF), a oposição busca garantir total transparência no processo, independentemente de alinhamentos partidários. “Vamos investigar tudo desde o começo, doa a quem doer. Não vai passar a mão na cabeça de ninguém. É evidente que irregularidades vão aparecer, não apenas nos descontos, mas em outras áreas também”, afirmou.

O deputado Rogério Correa (PT-MG) classificou a indicação de Frei Chico como equivocada, argumentando que ele assumiu a vice-presidência da entidade apenas em 2024. Por outro lado, Correa apresentou requerimentos para ouvir Bolsonaro e o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, destacando que denúncias de fraudes foram registradas por servidores do INSS durante a gestão Bolsonaro.