O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começará a devolver valores referentes a descontos indevidos na folha de pagamento de julho. O anúncio foi feito pelo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, durante coletiva de imprensa no último dia 30 de maio. Os valores ressarcidos começaram a ser devolvidos na última segunda-feira (16).
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De acordo com Waller Júnior, 2,3 milhões de beneficiários contestaram descontos que consideraram fraudulentos. O montante a ser ressarcido pode alcançar a expressiva cifra de R$ 1 bilhão, caso todas essas contestações se confirmem como descontos sem comprovação de autorização. O processo é claro: se as entidades responsáveis não conseguirem provar a legitimidade dos descontos, o dinheiro retorna ao INSS e, em seguida, é creditado diretamente na conta dos aposentados e pensionistas.
Para aqueles que ainda não contestaram ou desejam verificar sua situação, o INSS oferece diversos canais de atendimento:
A medida é um desdobramento de um amplo esquema de fraude contra o INSS, que veio à tona em abril após uma operação da Polícia Federal. As investigações revelaram que o esquema desviou mais de R$ 6 bilhões do bolso de aposentados e pensionistas desde 2019, gerando um prejuízo imenso aos beneficiários. A devolução dos valores representa um passo importante na reparação desses danos e na garantia dos direitos dos segurados.
O número de beneficiários INSS que pediram reembolso por descontos considerados indevidos já se aproxima de 3,2 milhões. A informação acende um alerta sobre a dimensão do problema, que, segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), ocorre desde 2016.
A alta procura por reembolso reforça as denúncias de descontos ilegais nas aposentadorias e pensões, um tema que tem sido pauta de investigações e gerado preocupação entre os segurados. A expectativa é que o INSS acelere o processo de análise e devolução dos valores, trazendo um alívio financeiro para milhões de brasileiros.
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