Santa Bárbara d’Oeste confirmou mais três mortes por dengue nesta quarta-feira (4), elevando para 21 o total de vítimas da doença em 2025. O município, que concentra o maior número de óbitos na região de Piracicaba, também apresenta uma taxa de letalidade em casos graves que chama a atenção: é nove vezes maior que a média nacional.
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As novas confirmações referem-se a casos que estavam sob investigação. As vítimas são:
• Homem, entre 75 e 88 anos, falecido no fim de março
• Homem, entre 40 e 45 anos, falecido no fim de março
• Mulher, entre 40 e 45 anos, falecida no início de maio
De acordo com dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, Santa Bárbara contabiliza 9.806 casos prováveis de dengue até o momento. A taxa de letalidade em casos graves na cidade é de 39,62%, muito acima da média nacional de 4,25%.
Segundo o infectologista André Giglio Bueno, da PUC-Campinas, esse índice se refere ao número de pessoas com quadros graves que acabaram não resistindo. "No Brasil, a taxa geral costuma ficar abaixo de 1%. O cenário atual em Santa Bárbara indica um risco elevado e exige atenção imediata", alerta. Na letalidade geral — que leva em conta todos os casos prováveis — o índice da cidade também supera a média nacional: 0,21%, contra 0,08% do país.
Entre as 34 mortes registradas por dengue nas 18 cidades que integram a área de cobertura do g1 Piracicaba, 62% ocorreram em Santa Bárbara. A cidade também lidera o número de casos prováveis. Limeira aparece na sequência como ponto de alerta: o município ainda aguarda o resultado de exames que podem confirmar até 23 mortes por dengue. Outros 13 óbitos já foram confirmados em Piracicaba, Limeira, Nova Odessa, Cordeirópolis, São Pedro, Iracemápolis e Engenheiro Coelho.