19 de dezembro de 2024
MORTE DE POLICIAL

Família de policial francano morto em quartel pede justiça em SP

Por Hevertom Talles | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Família esteve em São Paulo na quinta-feira, 12, para cobrar respostas sobre o caso

A família do sargento francano Rulian Ricardo, morto aos 40 anos em um quartel da Polícia Militar em São Paulo, no dia 5 de abril de 2023, segue lutando por justiça. Familiares do PM estiveram na semana passada no Tribunal de Justiça Militar para cobrar respostas sobre o caso.

Rulian foi morto a tiros dentro da 4ª Companhia do 46º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano, na região do Ipiranga, em São Paulo. Os disparos foram efetuados pelo capitão da Polícia Militar Francisco Laroca, que atirou três vezes, e por seu motorista, um cabo da PM, que efetuou um disparo contra o sargento. De acordo com informações da época, Rulian teria se desentendido com uma policial e, ao ser questionado pelo superior, sacou uma arma particular. O sargento foi atingido no pescoço e no tórax, dentro do alojamento da PM, e morreu no local.

Momentos antes dos disparos, Rulian e o capitão teriam discutido sobre a escala de feriado, o que pode ter agravado o conflito.

A família acredita que o sargento foi assassinado pelo superior e desde então luta por justiça. Outro ponto de revolta é que, segundo a família, Francisco Laroca teria assumido um cargo maior na capital paulista, sendo promovido mesmo após o ocorrido.

“Despachamos um pedido ao júri para que o sigilo fosse levantado. Cobramos da promotoria a análise do processo para agilizar o oferecimento da denúncia”, afirmou Daiane Fernandes, irmã de Rulian.

A família aproveitou os recentes casos de violência policial registrados no estado de São Paulo para relembrar a morte de Rulian e reforçar a cobrança por justiça. “Fomos cobrar isso porque, quando é um praça (termo usado para soldados, cabos e sargentos), a justiça é mais rápida, mas quando se trata de um oficial (tenente, capitão, major, tenente-coronel ou coronel), quem está por trás protegendo?!”, questiona Daiane.

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