O verão, infelizmente, é uma estação em que os números de afogamentos tendem a ser mais elevados. No ano passado, o 19º Grupamento de Bombeiros do Estado de São Paulo, que abrange Jundiaí e outras 27 cidades próximas, registrou 30 ocorrências de vítimas de afogamento, com 26 delas resultando em óbito. A maior parte desses incidentes ocorreu entre os meses de dezembro e março.
“Na região de Jundiaí, as vítimas de afogamento geralmente se enquadram nos seguintes perfis: crianças pequenas, homens jovens e adultos, pessoas com pouca experiência em natação e idosos”, explica o Tenente Nícolas, comandante do Posto de Bombeiros de Jundiaí. Crianças menores de cinco anos, por exemplo, são particularmente vulneráveis, muitas vezes atraídas por piscinas residenciais sem supervisão adequada.
Entre jovens e adultos, homens entre 18 e 35 anos são as principais vítimas, frequentemente devido à combinação de lazer em águas abertas e consumo de álcool. “Muitas dessas tragédias poderiam ser evitadas com maior atenção e precauções simples”, ressalta o oficial.
Cuidados necessários
O Corpo de Bombeiros recomenda que a população fique atenta a fatores como a ausência de sinalização em áreas de risco, águas turvas e correntes fortes, e a falta de salva-vidas e infraestrutura de segurança. Locais como rios e represas representam perigos adicionais devido à falta de placas de alerta ou boias de salvamento.
“Em piscinas residenciais, é essencial instalar cercas de proteção, utilizar boias adequadas e supervisionar continuamente as crianças”, alerta o Soldado Eduardo Rosa, especialista em mergulho. Ele também reforça a importância de aulas de natação infantil para capacitar as crianças em situações aquáticas.
O uso correto de equipamentos de segurança é outro ponto crucial. Piscinas, tanto públicas quanto privadas, devem contar com tampas de ralos com dispositivos de proteção. Isso previne acidentes como cabelos presos ou outras situações de risco relacionadas ao sistema de drenagem. “Manutenção regular e dispositivos de segurança são imprescindíveis para garantir o funcionamento seguro do sistema de escoamento”, completa o soldado.
