O que você fazia aos 8 anos de idade? O jundiaiense Murilo Miwa Bastos, hoje com 10 anos, iniciava sua trajetória nas competições de motovelocidade e, apesar da pouca idade, pilotava como gente grande. Hoje em dia, o jovem prodígio disputa competições internacionais, representando Jundiaí e o Brasil nas pistas, e sonha em se tornar o “Ayrton Senna da moto”.
O pequeno Murilo conheceu a motovelocidade pelo seu pai, William Bastos, que também foi piloto da modalidade. “Quem me inspirou foi meu pai. Tudo começou quando ele me deu uma mini moto de presente, e ele não sabia que viraria uma moto grande de verdade. Fiquei muito feliz quando ganhei ela e comecei a praticar todos os dias nas férias, até que um dia ela quebrou e meu pai me deu uma moto nova. Foi aí que começou a crescer meu gosto por motovelocidade. No início eu fiquei abismado do quanto esse esporte podia ser perigoso, mas ao mesmo tempo incrível, emocionante e que poderia abrir muitas portas para mim”, disse o piloto.
Em competições, o jundiaiense iniciou as corridas pelos pódios na Honda Junior Cup, uma categoria-escola para crianças e adolescentes entre 8 e 16 anos com o objetivo de formar novos talentos da motovelocidade, e saltou para a Yamaha R15, a maior competição latino-americana de base da modalidade. Murilo também competiu pela JT72 Cup e pela Moto1000GP, na tradicional pista de Interlagos. “A sensação de representar Jundiaí nas pistas é uma sensação incrível. O latino-americano, por exemplo, tem pilotos brasileiros representando o Brasil, argentinos representando seu país, mas eu estou lá para representar a nossa cidade, Jundiaí, em primeiro lugar, e isso para mim é sensacional, principalmente por saber que tem pessoas torcendo por mim”, contou Murilo.
TALENTO
Murilo sonha em levar seu nome e o de Jundiaí para o lugar mais alto do pódio. Confiante para a próxima temporada, o piloto disse que vai firme em busca do seu primeiro título da carreira e revelou seus maiores sonhos no esporte. “Eu tenho uma grande chance de conquistar meu primeiro título no próximo ano e vou para cima. Meu maior objetivo na modalidade, com certeza, é ganhar o Mundial para o Brasil, ser o maior recordista da modalidade e ser o Ayrton Senna da moto”, disse o piloto.
O piloto também comentou sobre a falta de visibilidade da motovelocidade no Brasil e disse que espera que o esporte seja mais reconhecido no país e que mais pessoas tenham interesse em assistir e praticar a modalidade. “Eu acredito que a modalidade poderia ganhar mais interesse do público, porque é um esporte muito radical, que pode conquistar muito mais interessados e surgir grandes nomes no país. Isso seria ótimo para o Brasil, porque teríamos mais marcas investindo no ramo, mais pistas, mais competições e, consequentemente, mais conquistas para o nosso país”, completou o jundiaiense.