VIOLÊNCIA POLICIAL

Tolerância zero para desvios de conduta, diz Tarcísio

Por Mariana Zylberkan | da Folhapress
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução/ Tarci?sio Gomes de Freitas/Facebook
'Não vamos passar pano para nada', disse o governador.
'Não vamos passar pano para nada', disse o governador.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar casos de violência policial, o que chamou de "desvios de conduta".

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"Teremos tolerância zero para desvios de conduta", disse durante apresentação do balanço dos dois primeiros anos de gestão na manhã desta quarta-feira (18) no Palácio dos Bandeirantes, na zona oeste da capital.

Neste ano, entre janeiro e setembro, o número de mortes em decorrência de atividade policial aumentou 55% em relação ao mesmo período no ano anterior. Foram 580 óbitos, ante 374 em 2023.

Ao ser questionado sobre registros de abuso policial, como o vídeo de um homem sendo jogado da ponte por um policial militar, Tarcísio disse que "infelizmente, há desvios de conduta que serão severamente punidos", antes de dizer que São Paulo tem "uma excelente polícia". "Não vamos passar pano para nada", continuou.

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, estava presente, mas deixou o evento antes do encerramento, quando foram abertas perguntas feitas por jornalistas.

A resposta do governador se estendeu às acusações de corrupção contra policiais civis. Uma operação do Ministério Público e da Polícia Federal prendeu um delegado e três investigadores nesta terça-feira (17). No total, seis pessoas foram detidas e uma continua foragida.

Os pedidos de prisão se basearam na delação de Vinicius Gritzbach, investigado por ligações com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e morto a tiros no começo de novembro no aeroporto de Guarulhos.

Ele acusou o delegado Fábio Baena de ter cobrado propina para tirá-lo de um inquérito de duplo homicídio. O delegado investigou a morte de dois homens ligados ao PCC, em que Gritzbach foi apontado como mentor do crime.

O contrato de compra e venda de um sítio comprado pelo delator também foi tomado pelos policiais durante diligências em sua casa, segundo Gritzbach.
Mesmo questionado, Tarcísio não comentou especificamente essas acusações.

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