A Justiça revogou, em audiência de custódia nesta terça-feira, 17, a prisão temporária de Humberto Aprile e Carlos Caíque Makoto Machado, investigados na Operação Carcará, que prendeu 11 pessoas suspeitas de participação no assalto ao carro-forte ocorrido em setembro deste ano, na Rodovia Cândido Portinari.
A decisão foi tomada após entendimento de que os dois apresentaram menor grau de envolvimento no esquema criminoso e colaboraram com as investigações.
Os dois homens haviam sido presos por suspeita de integrarem um grupo criminoso envolvido no assalto frustrado de setembro. A megaoperação foi deflagrada com o objetivo de desarticular a atuação da quadrilha, que vinha sendo investigada há meses.
Na decisão, o juiz da 2ª Vara Criminal de Franca, Ewerton Meirelis Gonçalves, destacou que Humberto e Carlos Caíque entregaram seus celulares e forneceram as senhas durante as diligências, atendendo ao objetivo da prisão temporária.
Além disso, o magistrado considerou que Humberto Aprile necessita de cuidados médicos devido a uma obesidade grave, condição que foi levada em conta no despacho.
Regras e restrições
Apesar de soltos, os investigados deverão cumprir medidas cautelares:
- Comparecer a todos os atos do processo;
- Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga;
- Não se ausentar da comarca por mais de 10 dias sem autorização judicial.
- Caso descumpram as exigências, a prisão poderá ser novamente decretada.
Defesa
A defesa de Humberto Aprile foi conduzida pelos advogados Dr. Rafael Spirlandeli, Dr. Paulo Roberto Franchi e Dr. Paulo Sérgio Severiano.
"A decisão judicial foi altamente técnica, preservando o princípio constitucional da dignidade humana e garantindo também a presunção de inocência do nosso cliente", afirmou Rafael Spirlandeli.
Operação Carcará
Na segunda fase da Operação Carcará, ao menos 11 pessoas foram presas e um suspeito morreu em confronto com a polícia. Durante as diligências, foram cumpridos 48 mandados de busca domiciliar, resultando na apreensão de nove veículos de alto valor, quatro armas de fogo e mais de R$ 900 mil em espécie. Um apartamento também foi bloqueado judicialmente.
Dois suspeitos foram presos em Franca e um em Ribeirão Preto. Segundo a força-tarefa, os alvos desta fase possuem relação direta ou indireta com a organização criminosa.
Comentários
3 Comentários
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Robson 10 horas atrásGOVERNO DO AMOR PRENDE GENERAIS E SOLTA VAGABUNDOS BANDIDOS PEDÓFILOS E ASSASSINOS.
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Dirceu 10 horas atrásSempre assim, a polícia prende e a justiça solta.... e por aí vai!!!!
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Luiz Gonzaga Ferreira 20 horas atrásA reportagem não explica se esses dois acusados liberados na audiência de custódia são os presos em Franca ou Ribeirão Preto. São informações que interessam aos leitores.....