O diagnóstico das águas do Rio Piracicaba será retomado a partir do momento em que o tempo estiver estável. A informação é do veterinário Alexandre Rezende, que integra o grupo de organizadores. O diagnóstico começou a ser realizado na segunda-feira (02), quando o rio foi percorrido a partir de Americana, onde nasce, até Limeira, onde o trabalho foi interrompido devido à chuva.
O projeto “Diagnóstico Ambiental da Bacia do Rio Piracicaba” é liderado pela Associação Remo Piracicaba com execução de empresas do setor privado, como a BluestOne, Mérieux Nutrisciences e vários pesquisadores, especializados em recursos hídricos. O objetivo é avaliar a qualidade da água e identificar os impactos dos afluentes no rio, em mais de 30 pontos estratégicos que serão monitorados nas análises.
“A gente teve que abortar as coletas a partir do segundo dia por conta do grande volume de chuva. A gente está aguardando o rio voltar à sua vazão normal para a gente seguir o protocolo das coletas. De acontecer na semana que vem. É uma coleta científica que precisa respeitar os protocolos pra gente ter os resultados validados”, explica Rezende.
Ele explicou que ainda há cerca de 30 amostrar para serem coletadas, entre a resolução 357 Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) e DNA Ambiental. “Tem ponto que serão coletadas as duas (amostras), mas tem pontos que estão muito degradados e não dá pra fazer o DNA Ambiental”, disse. A amostra Conama 357 analisa a qualidade da água e o DNA Ambiental aponta quais espécies vivem no local.
O objetivo do diagnóstico é subsidiar futuras ações de repovoamento e conservação da biodiversidade. O projeto conta com o apoio do Ministério Público. A Associação Remo explica que a iniciativa é uma resposta ao desastre ambiental ocorrido este ano, em julho, que causou danos significativos à bacia com a mortandade de toneladas de peixes.