O ultramaratonista Joilson Da Silva Ferreira, o Jabá, de 52 anos, se prepara para um dos maiores desafios de sua carreira: ele disputará no início do próximo ano a prova no Polo Norte, especificamente no Território de Yucon, no Canadá. A chegada é no Território do Norte, bem próximo ao Oceano Ártico.
O experiente competidor baiano, que está radicado em Piracicaba há mais de 30 anos, está há oito meses em preparação específica para esse desafio – deste março deste ano. Ele contou que, no desafio do Polo Norte, os atletas têm nove dias para concluir a prova.
No entanto, Jabá quer “pulverizar” esse prazo e finalizar a prova o mais rápido possível, em seis ou sete dias. “Quero concluir em menos tempo; quero fazer uma média de 85 a 90 km por dia”, destacou Jabá, que é formado em Educação Física.
Segundo o superatleta, o ambiente em torno de todo o trajeto da prova é extremo e de muitos perigos. “Podemos perder algum membro ou até mesmo sofrer risco de morte”, destacou o atleta.
VEJA TAMBÉM
Gramado do Barão passa por reforma, visando à próxima temporada
‘Tudo é possível com dedicação, treino, força de vontade e fé'
“Somos preparados para lidar com o ambiente, mas não devemos brincar com a Natureza”, ensina. “Ali não aceita erro, primeiramente muito respeito, uma super preparação e sempre aberto para ouvir os mais experientes; é a prova mais ventosa, mais fria do planeta”, declarou Jabá.
Em mais de 30 anos de vida esportiva, Jabá está desde 2010 disputando ultramaratonas. Neste tempo, os maiores desafios que já participou foi a Copa do Mundo de Ultramarathon; o Brasil 135 milhas na Serra da Mantiqueira e o Badwater no Valle da Morte, em Nevada, nos Estados Unidos - o deserto mais antigo do mundo, com temperatura média de 64 graus e 135 milhas.
Outros grandes desafios do piracicabano foram o Arrowhead no Gelo, nos Estados Unidos - desafio a menos -40 graus e 135 milhas; o La Misión, nas Cordilheiras dos Andes, com 160 km na Região dos Lagos e altimetria mais de 8000.
“Em 2018, fui campeão na prova do Alaska. Essa prova fazia dois anos que ninguém concluía a prova e fomos campeões nela”, destacou o atleta, que mora no Bairro Santa Rosa.