TRABALHO

Criação de empregos formais aumenta na RMP no terceiro trimestre

Por Roberto Gardinalli | roberto.gardinalli@jpjornal.com.br
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Roberto Gardinalli

O saldo de empregos formais criados nas cidades da RMP (Região Metropolitana de Piracicaba) cresceu 5% com relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são de uma pesquisa divulgada pelos economistas Cristiane Feltre, Eliana Tadeu Terci e Carlos Eduardo de Freitas Vian, que compõem o Observatório Econômico da RMP. Apesar do saldo positivo, o resultado identificado pelo estudo ficou abaixo do esperado quando comparado aos resultados da geração de emprego no Estado de São Paulo e no Brasil.

Os dados utilizados são os do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Segundo o relatório, o setor da indústria é o que mais criou vagas: no total, foram 2.989 postos criados. “O destaque na geração de vagas líquidas na região foi para a indústria, que mostrou significativa recuperação nas contratações em relação ao segundo trimestre deste ano e ao terceiro trimestre do ano passado”, cita o estudo. Em seguida, vem o setor de atividades administrativas, que criou um total de 901 vagas, seguido do comércio, com 861 novos empregos.

Já os setores da Produção Primária, Construção Civil, Administração Pública, Saneamento e Informação e Comunicação tiveram um desempenho negativo, com uma perda de 730 vagas na região.

Segundo o levantamento, Piracicaba foi a cidade com o maior número de vagas criadas no terceiro trimestre. No total, foram 704 novos postos de trabalho oficiais. Em seguida, o município de Rio Claro aparece com 477 novas vagas preenchidas. Limeira vem em terceiro, com 410 vagas formais.

Desligamentos

O relatório também traz um panorama das demissões na RMP. Segundo o estudo, os desligamentos aumentaram em 9,2% em 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. De acordo com os dados, os pedidos de demissão e as demissões por justa causa lideram as razões para desligamento na RMP – 83,6%.

Segundo a análise divulgada, o destaque das demissões é o pedido de desligamento, que apresentou uma alta de 23,4% com relação ao mesmo período do ano passado: no total, 24.738 trabalhadores pediram a conta no terceiro trimestre de 2024, contra 20.047 em 2023. De acordo com os economistas, uma das hipóteses para as demissões em um mercado que se mostra aquecido é a busca por oportunidades melhores de trabalho. Outra hipótese apontada é o comportamento do trabalhador. “Uma segunda reflete em partes o comportamento do trabalhador pós-pandemia, que passou a ponderar a decisão de se manter em um posto de trabalho se este afeta a sua qualidade de vida. A terceira hipótese está relacionada a um maior número de jovens no mercado de trabalho, que buscam por vagas mais alinhadas à sua expectativa e troca de emprego com maior frequência”, concluíram.

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