A Operação Lobo Mau, uma ação coordenada pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo, prendeu dois suspeitos em flagrante em Campinas na manhã desta quinta-feira (31). A operação visa desmantelar uma rede criminosa especializada na produção, armazenamento e compartilhamento de material de abuso sexual infantil (CSAM - Child Sexual Abuse Material). As operações ocorrem simultaneamente em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal.
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Na primeira prisão em Campinas, um homem, de 46 anos, foi detido em sua residência no Jardim Planalto de Viracopos. Durante a busca, ele colaborou com os agentes e entregou senhas de seus celulares, onde foram encontrados vídeos e imagens de cunho sexual envolvendo menores. Além dos celulares, foram apreendidos 12 pen drives e seis cartões de memória.
No segundo caso, outro homem, de 38 anos , residente no Jardim Melina, foi abordado pela equipe enquanto trabalhava em uma padaria. Em sua casa, as autoridades localizaram um notebook, dois celulares e 14 DVDs contendo material pornográfico infantil. O padeiro admitiu o armazenamento de conteúdo ilegal e forneceu acesso aos dispositivos, onde também foram encontrados indícios de compartilhamento em redes de mensagens como Telegram e Signal.
Com o apoio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Campinas, foram também cumpridos seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Campinas, Itupeva e São João da Boa Vista. Diversos dispositivos eletrônicos, incluindo celulares, computadores e unidades de armazenamento de dados, foram apreendidos para análise forense e identificação de possíveis outros envolvidos na rede criminosa.
A Operação Lobo Mau é uma força-tarefa interinstitucional que conta com a parceria da Homeland Security Investigations (HSI) e da Embaixada dos Estados Unidos, fortalecendo o combate à exploração infantil em plataformas digitais. Em Campinas, 38 policiais civis e 14 viaturas foram mobilizados para identificação dos suspeitos e coleta de provas.
As prisões realizadas estão amparadas no Art. 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que penaliza a posse e o compartilhamento de material pornográfico infantil. Esta operação reafirma o compromisso das autoridades em proteger menores de idade, enfrentando o crime de forma coordenada em âmbito nacional.