FOI ACHADO MORTO

Adeus, Seu Orlando: desaparecimento de idoso mobilizou o Vale

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Imagem de câmare mostra Orlando (no detalhe) às margens da Dutra
Imagem de câmare mostra Orlando (no detalhe) às margens da Dutra

Um suspense em série.

A família do aposentado José Orlando de Toledo, 77 anos, viveu um drama em capítulos, cada vez mais misteriosos e sombrios.

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O idoso desapareceu de casa, em Caçapava, no dia 24 de junho deste ano. A partir de então, a família iniciou a busca por ele ao lado de uma campanha nas redes sociais, que mobilizou e comoveu a região. Todos procuravam por Orlando.

Foram quase cinco meses de busca pelo aposentado, que teria sido visto em diversos locais de São José, como no Galo Branco e na Rodoviária Nova. Cada informação que chegava era checada pelos familiares, que não conseguiram encontrar o aposentado.

“A gente checou todas as informações que mandavam sobre ele. Foi um drama sem fim. Nunca o encontrávamos onde as pessoas diziam que ele tinha sido visto. Minha família sofreu demais”, disse uma parente de Orlando.

Na época do sumiço, imagens de câmeras de monitoramento de São José registraram o idoso caminhando às margens da Dutra, no dia do desaparecimento. A última vez que Orlando foi visto foi embaixo do viaduto do distrito de Eugênio de Melo, também por meio de imagens de câmeras de monitoramento. Depois disso, não houve mais registros do idoso.

Corpo localizado.

O sofrimento chegou ao capítulo final nesta quarta-feira (16). O corpo do aposentado foi encontrado por policiais militares em avançado estado de decomposição, já esquelético. Ele estava em uma área de mata no Jardim Coqueiro, na região leste de São José.

Os documentos de Orlando estavam junto ao corpo, que foi avistado por uma mulher, que pescava na região e avisou um policial.

A Polícia Civil de São José agora aguarda a autópsia no corpo do aposentado para determinar a causa da morte, registrada como suspeita. “Vamos aguardar o laudo do IML. Até o momento, sem vestígios de violência”, afirmou o delegado Luiz Paulo Leite.

O corpo foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) e a filha de Orlando deve ir ao local na tarde desta quarta. Mesmo com documentos junto ao corpo, será feito exame de DNA para a confirmação de que se trata de Orlando.

Alzheimer.

Orlando era portador de Alzheimer e procurava por memórias da infância. Segundo conhecidos, ele dizia que queria encontrar a casa da infância.

Os familiares tinham o cuidado de não deixá-lo sair sozinho, em razão da confusão mental que a doença provocava.  Ele era casado, pai de duas filhas e avô de dois netos.

No boletim de ocorrência do desaparecimento, em 24 de junho, a família informou que ele sumiu de casa quando a esposa dele foi colocar o lixo na rua e, após um descuido, ele saiu. Segundo a família, Orlando não tinha o hábito de sair desacompanhado.

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