APAGÃO

Imóveis sem energia em SP ultrapassam população de Piracicaba

Por Ana Laura França | ana.laura@jpjornal.com.br |
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução

O apagão que atinge a Grande São Paulo desde a última sexta-feira (11) ainda afeta 537 mil imóveis, segundo informações divulgadas pela Enel na manhã desta segunda-feira (14). Desse total, 354 mil estão na capital paulista, enquanto os demais imóveis sem energia estão localizados em cidades como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo. A falta de energia ocorreu após um temporal com rajadas de vento de até 107 km/h que atingiu a região.

A cidade de São Paulo concentra o maior número de imóveis afetados, sendo os bairros de Jabaquara, Campo Limpo, Pedreira e Jardim São Luís os mais atingidos. Nos municípios vizinhos, Cotia tem 36,9 mil imóveis sem luz, Taboão da Serra, 32,7 mil, e São Bernardo do Campo, 38,1 mil.

Até as 05h40 desta segunda-feira, 1,5 milhão de clientes já haviam tido o fornecimento restabelecido, segundo a Enel, que destacou que técnicos do Rio de Janeiro e do Ceará estão reforçando as equipes em campo. A concessionária afirmou que está utilizando dois helicópteros para inspecionar as linhas de transmissão e disponibilizou 500 geradores para atender hospitais e outros estabelecimentos essenciais.

A tempestade que causou o apagão também resultou em sete mortes no estado de São Paulo, três delas em Bauru e quatro na Região Metropolitana. O presidente da Enel, Guilherme Lencastre, informou que a empresa ainda não tem previsão para a total normalização do serviço, mas destacou que todos os esforços estão sendo feitos para reconectar os clientes o mais rápido possível.

Além da falta de energia, a Sabesp alertou que o apagão está afetando o abastecimento de água em várias regiões, já que equipamentos essenciais como estações elevatórias estão sem energia elétrica. Moradores da capital e de municípios como Cotia, Santo André e Mauá relataram problemas no fornecimento de água desde o início do apagão.

Em meio às críticas, o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, afirmou que a Enel não seguiu adequadamente seu plano de contingência para lidar com eventos climáticos extremos, colocando menos equipes em campo do que o esperado. Moradores de São Paulo reclamaram da dificuldade de comunicação com a Enel, que já recebeu mais de um milhão de chamados desde o início da interrupção do serviço.

A concessionária orienta os clientes a entrarem em contato pelos canais disponíveis, como SMS, WhatsApp e o aplicativo da empresa, para relatar a falta de energia e acompanhar as atualizações sobre o restabelecimento do serviço.

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