Foi inaugurado na última quinta-feira (3) o monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Brasil. A iniciativa da homenagem é da Società Italiana di Mutuo Soccorso de Piracicaba, com a obra concebida pelo artista Palmiro Romani, que também é diretor cultural da entidade, e realizada pela Fundiart, empresa de Euclides Baraldi Libardi. A apresentação do monumento teve a participação do cônsul-geral da Itália no Brasil, Domenico Fornara. A escultura instalada no Parque da Rua do Porto, próximo a Praça das Bandeiras.
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Estiveram presentes no evento o presidente da Società Italiana, Juliano Meneghel Dorizotto, o prefeito de Piracicaba, Luciano Almeida, o secretário da Ação Cultural de Piracicaba, Carlos Beltrame, além de outras autoridades e as famílias que fizeram doações para a construção do monumento. A escultura foi pensada para representar o processo de imigração dos italianos. De forma minimalista, representa a simplicidade e a dificuldade da mudança de continente que acompanhou os italianos que chegaram ao Brasil. A escultura é composta por um cajado, que representa a forma como os imigrantes se fixaram na nova terra, além de apontar para o céu, mirando uma providência divina. Outro elemento, a mala de mão simboliza a forma simples como os imigrantes chegaram, apenas com poucos objetos pessoais que eram carregados por quem tinha condições. Por fim, uma mão, que representa a figura humana do imigrante. A escultura foi posicionada sobre um pedestal, onde foi inscrito o nome das famílias que doaram para a realização do projeto.
Autor da escultura, o artista Palmiro Romani diz que o momento da inauguração foi especial. “Foi um dos dias mais emocionantes da minha vida, porque é o meu sangue que está naquela mala também. Era o sangue de tantos italianos que corriam ali. Era uma coisa inexplicável, era muita emoção ver todas aquelas pessoas que ajudaram a construir aquela mala, porque sozinho eu também não conseguiria”, disse. “Piracicaba pulsa um coração italiano porque mais de 50% da população é descendente de italianos. Eu não coloquei a cabeça na obra porque a cabeça eles deixaram na Itália. Aqui eles só trouxeram as mãos para trabalhar. E nós, como descendentes, pegamos, também, essa cabeça italiana”, disse Palmiro.
A emoção da obra de arte finalmente pronta segue na fala do artista, que relata uma conexão especial com o momento da divulgação do trabalho. “O italiano é muito emotivo, chorão, brincalhão, e tudo aquilo que o italiano é, eu senti ontem com tanta força, mas uma força inacreditável. E minha gratidão profunda às famílias que também ajudaram, deram apoio para que essa obra saísse”, completou. O monumento em homenagem aos 150 anos da imigração italiana no Brasil está instalado no Parque da Rua do Porto, próximo a Praça das Bandeiras.